No cenário político do Rio de Janeiro, as eleições municipais de 2024 prometem uma configuração distinta, com o PSOL e o PT seguindo direções opostas.
O PT, liderado por Lula, demonstra inclinação a apoiar Eduardo Paes, do PSD, uma escolha reforçada por acenos públicos do presidente. Paes, que proporcionou um palanque significativo para Lula nas eleições de 2022, é uma figura central nesta dinâmica política.
Conforme declarado à CNN, fontes próximas a Eduardo Paes consideram Anielle Franco, ministra, e André Ceciliano, secretário especial de Assuntos Federativos, como possíveis candidatos a vice na chapa de Paes pelo PT.
Enquanto Anielle carrega um simbolismo político ligado à história de sua irmã, Marielle Franco, Ceciliano é reconhecido por sua capacidade de articulação, evidenciada em sua liderança na Assembleia Legislativa do estado.
A importância do vice nesta chapa é acentuada pela expectativa de que Paes possa concorrer ao governo do estado em 2026. Contudo, a possibilidade do PT garantir essa posição na chapa é considerada pequena pelos próprios aliados de Paes.
Por outro lado, o PSOL busca estabelecer uma frente de esquerda, convidando partidos como PDT, PSB, PC do B, PCB, PV e União Popular. Tarcísio Motta, pré-candidato do PSOL à prefeitura do Rio, expressou à CNN sua visão de que uma aliança com Eduardo Paes enfraqueceria os setores progressistas para as futuras eleições.
A formação de uma ampla aliança enfrenta desafios, especialmente com PC do B e PV integrando a federação do PT, o que requer uma decisão conjunta.
O PSB, apesar de ter uma pasta na gestão de Paes, ainda não definiu sua posição. PCB e União Popular, apesar de partidos constituídos, não possuem a mesma representatividade.
Chico Alencar, deputado federal do PSOL, criticou o que considera ser “fisiologismo” de certos partidos, defendendo a formação de frentes democráticas e progressistas que não comprometam princípios fundamentais.
As negociações com o PDT, lideradas pela deputada estadual Martha Rocha e Carlos Lupi, ministro da Previdência e presidente do partido, estão em estágio avançado, com expectativa de uma decisão após o carnaval.
Mesmo com a possível aliança do PT, PC do B e PV com Eduardo Paes, o PSOL acredita na viabilidade de um apoio informal, mantendo a abertura para posicionamentos políticos distintos dentro da federação. Destaca-se ainda o apoio individual de figuras do PT, como Lindbergh Farias, à candidatura do PSOL.
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