O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstrou um forte empenho na promoção da nomeação de Guido Mantega, ex-ministro, como diretor-presidente da Vale, uma das maiores empresas de mineração do Brasil. Lula mobilizou seus aliados para articular essa indicação entre os acionistas, com o objetivo de assumir o controle da renomada empresa do setor mineral.
A estratégia do Palácio do Planalto contempla a possibilidade de Mantega ocupar um dos dois assentos no conselho de administração atualmente pertencentes à Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.
O conselho possui um total de 13 vagas, com uma remuneração mensal de R$ 112 mil para cada membro.
Essa abordagem permitiria a Mantega começar suas atividades internamente, abrindo caminho para uma possível sucessão ao atual diretor-presidente, Eduardo Bartolomeo, como relatado pela Folha.
Apesar da manifestação pública de Lula em favor da liderança de Mantega na Vale, em vez da eventual recondução de Bartolomeo, seus interlocutores alertam que essa articulação não será simples, exigindo movimentos discretos junto aos acionistas, incluindo o apoio da Mitsui, uma das principais acionistas da Vale.
A intenção declarada de Lula é transformar a Vale em uma parceira estratégica do governo, alinhada com iniciativas para impulsionar a economia e comprometida com projetos federais, como a transição energética e as questões ambientais. Apesar dos expressivos lucros acumulados nos três primeiros trimestres de 2023, totalizando R$ 27,9 bilhões, ainda não há consenso entre os acionistas privados sobre a melhor direção a ser seguida pela Vale. A decisão sobre a nova liderança da mineradora será debatida em uma reunião do conselho de administração agendada para 31 de janeiro.
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