Após receber duras críticas do presidente Jair Bolsonaro, o líder do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, optou por resolver suas diferenças, encerrando o episódio que causou desconforto na ala bolsonarista do partido.
Conforme informações da coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, recentemente, Valdemar e Bolsonaro trocaram mensagens, e segundo um interlocutor ouvido pela reportagem, o mal-estar resultante dos elogios de Valdemar ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “está superado”.
De acordo com aliados de Valdemar, o presidente do PL planeja promover mudanças tanto na comunicação do partido quanto em sua própria abordagem pessoal. Esses aspectos têm sido alvo de críticas e reprovação entre os bolsonaristas mais radicais que fazem parte do partido.
Valdemar procurou parlamentares alinhados a Bolsonaro para avaliar os impactos de seus elogios a Lula. Entre as conversas realizadas na segunda-feira, 15, destacam-se os diálogos telefônicos com o senador Magno Malta e o deputado federal Sóstenes Cavalcante, ambos representantes da ala bolsonarista.
A avaliação foi de que o presidente do PL não agiu intencionalmente de maneira equivocada, mas sim devido ao histórico do partido, que já esteve alinhado a governos do PT.
Os membros da ala bolsonarista também minimizaram a reação de Bolsonaro, que mencionou a possibilidade de “implosão” do PL devido às “declarações absurdas” feitas por Valdemar.
Sóstenes e Magno Malta destacaram que a fala de Bolsonaro poderia ser mais uma resposta à militância do que uma expressão de irritação direta com o presidente do partido.
De acordo com a reportagem, “Nesse cenário, o presidente do PL foi aconselhado por parlamentares bolsonaristas a submergir nos próximos dias, para que o assunto seja esquecido e a crise arrefeça”.
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