O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, emitiu uma decisão crucial no último 19 de dezembro, ainda sob sigilo, instruindo o recém-empossado procurador-geral da República, Paulo Gonet, a reexaminar possíveis falhas de Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia.
Esta medida surge após Mendes ter destacado a “invalidade absoluta” de um parecer anterior do órgão, elaborado pelo antecessor Augusto Aras, que isentou o ex-presidente de responsabilidades.
Revelado inicialmente pela Revista Veja e posteriormente confirmado pelo GLOBO, este movimento de Mendes reacende um debate significativo sobre as ações do governo durante a crise da Covid-19.
Em julho, o ministro já havia reaberto investigações, focando em outras figuras chave do governo da época, incluindo o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, atual deputado federal, e Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência.
O inquérito em questão, originado a partir do relatório final da CPI da Covid, visa apurar “ações e omissões” no Ministério da Saúde sob a liderança de Pazuello, especialmente diante da crise no sistema de saúde do Amazonas no início de 2021, marcada por mortes devido à escassez de oxigênio.
Além disso, Wajngarten é investigado por falhas na comunicação de medidas preventivas contra a Covid-19.
Sua gestão é lembrada pela polêmica campanha “O Brasil não pode parar”, lançada em um período onde a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendava isolamento e práticas de distanciamento social.
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