TASS – O primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, visitará a China nos próximos dois dias e deverá reunir-se com o presidente chinês, Xi Jinping, e com o primeiro-ministro do Conselho de Estado chinês, Li Qiang, informou o governo russo num comunicado de imprensa.
“De 19 a 20 de dezembro de 2023, o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, visitará a China sob um acordo com o lado chinês”, disse ele. dizia o comunicado.
O chefe do gabinete russo participará da 28ª reunião regular dos chefes de governo da Rússia e da China, em Pequim. “Mikhail Mishustin se reunirá com o presidente chinês, Xi Jinping, e manterá conversações com o primeiro-ministro do Conselho de Estado chinês, Li Qiang”, disse ele. disse o comunicado de imprensa.
Durante estes contactos de alto nível, as partes planeiam considerar o desenvolvimento de relações de parceria abrangentes entre a Rússia e a China e a cooperação estratégica, bem como intercâmbios práticos cooperativos, humanitários e regionais.
“Será dada especial atenção à expansão da cooperação comercial e económica e à promoção de projectos conjuntos de grande escala em diversas áreas. As partes planejam adotar um comunicado conjunto e assinar uma série de documentos bilaterais russo-chineses”, afirmou. disse o governo russo.
Cooperação multifacetada
O governo russo salientou que a cooperação com a China “está a desenvolver-se de forma constante em todas as direcções, apesar da difícil situação económica externa”. O volume de negócios do comércio mútuo está a crescer e atingirá um novo recorde até ao final de 2023, ultrapassando pela primeira vez a marca dos 200 mil milhões de dólares.
Mais de 90% de todos os acordos bilaterais são executados nas respectivas moedas nacionais dos dois países: o rublo e o yuan.
A cooperação estratégica no sector da energia está a expandir-se, com as exportações de hidrocarbonetos russos para a China numa tendência de crescimento. A Rússia tornou-se o fornecedor número um de petróleo ao mercado chinês e ocupa o segundo lugar como fornecedor de carvão e o terceiro como fornecedor de gás natural liquefeito (GNL), sublinhou o governo russo.
Os fluxos de gás natural para a China através do gasoduto Power of Siberia estão a ser sistematicamente aumentados, o gasoduto do Extremo Oriente está a ser planeado e as condições para o fornecimento de gás à China através da Mongólia estão a ser definidas.
A cooperação no domínio da agricultura será reforçada. Assim, os produtos do agronegócio tornaram-se a segunda maior exportação russa para a China, depois dos hidrocarbonetos, com o volume de entregas agrícolas nos primeiros 10 meses de 2023 a aumentar 63%, para 6,2 mil milhões de dólares. Estão em curso trabalhos para expandir o acesso mútuo ao mercado.
Os contactos humanitários, que sofreram muito durante a pandemia de COVID-19, estão a ser restabelecidos. O número de estudantes russos que frequentam universidades chinesas está a crescer; o número de viagens turísticas mútuas está aumentando gradativamente; e a dinâmica de contactos nos domínios da cultura, do turismo e das atividades expositivas, bem como da cinematografia, está em ascensão. Além disso, os eventos do programa Anos de Cooperação Russo-Chinesa em Cultura Física e Esportes (2022-2023) estão sendo realizados com sucesso.
A China planeia participar no primeiro torneio multidesportivo internacional dos Jogos do Futuro, em Kazan, entre Fevereiro e Março de 2024. Finalmente, estão em curso preparativos para a realização dos respectivos anos interculturais da Rússia e da China em 2024-2025.
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