Em uma reviravolta impactante, o governo japonês, liderado pelo primeiro-ministro Fumio Kishida, enfrentou um severo golpe nesta quinta-feira (14), com a renúncia de quatro ministros em meio ao maior escândalo de corrupção das últimas décadas no país.
Entre os ministros que abandonaram seus cargos, destacam-se Hirokazu Matsuno, secretário-chefe de gabinete, e Yasutoshi Nishimura, ministro da Indústria. Esta mudança representa a terceira reforma de gabinete de Kishida em 16 meses, evidenciando a queda acentuada de sua popularidade, conforme destacado pela CNN.
Em uma coletiva de imprensa, Matsuno afirmou: “Diante das várias alegações que minaram a confiança pública na política, e das questões levantadas sobre os meus próprios fundos políticos, apresentei minha renúncia.”
No mesmo dia, o primeiro-ministro procedeu à substituição dos quatro ministros renunciantes em uma cerimônia na sede do governo japonês. Embora Kishida não esteja obrigado a convocar eleições até outubro de 2025, a oposição enfrenta desafios consideráveis para interromper o domínio contínuo do Partido Liberal Democrata (PLD).
Analistas políticos questionam a capacidade de Kishida de se manter no cargo até setembro, dada a diminuição do apoio público e os escândalos recentes que têm marcado seu mandato desde outubro de 2021.
Todos os ministros que deixaram seus cargos fazem parte da alta cúpula do partido de Kishida e estão no epicentro de um escândalo em investigação, envolvendo denúncias de suborno que abarcam pagamentos de mais de US$ 3,4 milhões a membros do Partido Liberal Democrata. A situação tumultuada lança sombras sobre a estabilidade política do Japão e coloca em dúvida o futuro do atual governo.
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