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Em menos de 24 horas como presidente eleito, Milei anuncia privatizações na Argentina

O recém-eleito presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou nesta segunda-feira (20) uma abordagem pró-privatização, destacando sua intenção de transferir o controle de ativos para o setor privado. Milei afirmou categoricamente que “tudo o que puder estar nas mãos do setor privado, estará nas mãos do setor privado”. Como parte desse compromisso, ele revelou planos para […]

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Luis Robayo/AFP

O recém-eleito presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou nesta segunda-feira (20) uma abordagem pró-privatização, destacando sua intenção de transferir o controle de ativos para o setor privado. Milei afirmou categoricamente que “tudo o que puder estar nas mãos do setor privado, estará nas mãos do setor privado”.

Como parte desse compromisso, ele revelou planos para privatizar a estatal petrolífera YPF, bem como os meios de comunicação públicos, incluindo a Rádio Nacional, a TV Pública e a agência de notícias Télam, esta última sendo a maior agência de notícias do país.

Ao abordar a situação da YPF, Milei enfatizou a necessidade de reabilitação da empresa, expressando preocupação com a depreciação ocorrida desde sua nacionalização. Ele observou que, desde a decisão de nacionalizá-la, a empresa experimentou uma deterioração significativa em termos de desempenho, resultando em uma desvalorização em relação ao momento da expropriação.

Apesar de não estabelecer prazos específicos para a privatização da YPF, Milei salientou que, na transição planejada para a questão energética, tanto a YPF quanto a Enarsa desempenharão papéis cruciais. Ele indicou que, uma vez racionalizadas, essas estruturas seriam otimizadas para criar valor, garantindo um benefício significativo para os cidadãos argentinos no momento da venda.

Além disso, Milei afirmou seu compromisso em privatizar os meios de comunicação estatais, justificando sua decisão ao considerar a TV Pública como um “mecanismo de propaganda”.

Ele criticou o papel desempenhado durante a campanha eleitoral, alegando que grande parte das informações veiculadas sobre seu partido foi negativa e baseada em mentiras, contribuindo para uma atmosfera de temor. Ao destacar sua recusa em adotar práticas propagandísticas, Milei reforçou seu desejo de uma abordagem mais transparente e equitativa na comunicação governamental.

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Nelson

22/11/2023 - 11h52

Sempre a favor apenas do grande capital, dos já ricos, milionários e bilionários, contingente que compõe 2%, quando muito, da nossa população, o senhor Pianca comete a heresia de qualificar empresas que são orgulho da nação como “horrorosas estatais”.

Num vídeo curto, de pouco mais de 3 minutos, o eminente economista André Roncaglia, um intelectual comprometido com o povo brasileiro e o país, expõe, didaticamente, a importância crucial do Estado brasileiro e de suas empresas estatais para o tão incensado Agronegócio.

A verdade, inarredável, mostrada por Roncaglia, é que, sem o apoio de uma empresa pública, a estatal Embrapa, os arrogantes latifundiários do Agro estariam todos murchos, de “crista baixa”, a amargarem prejuízos enormes.

Sem Estado forte, o que implica na existência de um leque de grandes empresas estatais, não há um único país que tenha dado seu salto na direção de patamares superiores de desenvolvimento. E, atenção, estou falando aqui de países capitalistas tipo Estados Unidos, Alemanha, França, Inglaterra, etc.

Se você, caro leitor, tem real interesse em ver nosso país avançar, em benefício do povo como um todo, tens um caminho a seguir. Deixe de ouvir a arenga neoliberal/entreguista da mídia hegemônica e de seus comentaristas e passe a ver o que têm a dizer gente realmente comprometida com nossa nação, gente do quilate de André Roncaglia, Ladislao Dowbor, Paulo Nogueira Batista Jr, Samuel Pinheiro Guimarães, entre outros.

Para assistir ao vídeo de André Roncaglia, acesse https://www.youtube.com/watch?v=JyHa7TvziUc.

Paulo

20/11/2023 - 23h43

Olha, muito me surpreenderia que privatizações de supino num país notoriamente dominado pelas corporações estatais, como a Argentina, pudessem dar certo. Nem no Brasil, bem menos corporativista, isso foi possível. Eu diria que ainda não fizemos essa transição público/privado. E, por sinal, nem creio que devêssemos, na exata medida em que as privatizações se mostram desastrosas no mundo todo, de um modo geral. Milei terá tantos desafios pela frente – incluindo a falta de apoio parlamentar – que será um milagre que chegue ao fim do mandato. De qualquer forma, a alternativa igualmente se mostrou incapaz de dar novos rumos a uma economia em colapso iminente…

Nelson

20/11/2023 - 20h56

No documentário “Argentina Latente”, o saudoso cineasta argentino, Fernando “Pino” Solanas, faz, entre outras tantas afirmações, as duas que reproduzo abaixo que mostram porque um dos países mais viáveis do planeta foi parar no fundo do poço:

“A indústria argentina fabricava mais de 90% do que o país consumia, mas a aventura neoliberal a levou à quebra e a maioria das grandes empresas passaram às mãos estrangeiras.”

“Nos anos 70, os governos dos Estados Unidos e a Comissão Trilateral ‘sugeriam’ que a Argentina e o Chile deveriam desarticular seus parques industriais para tornarem-se provedores de matérias primas. O Brasil seria o polo industrial do Cone Sul”

Ou seja, a imposição das políticas neoliberais com suas privatizações, abertura comercial indiscriminada, desmantelamento do serviço público, entre outras, afundaram a Argentina. Mas, Milei quer aumentar a dose do “remédio” que levou o país à UTI.

A esmagadora maioria dos argentinos nada têm a ganhar com isso; pelo contrário, verão sua penúria crescer ainda mais. Somente o grande capital argentino e as megacorporações dos países ricos é que lucrarão num governo Milei.

Nelson

20/11/2023 - 20h33

É pra acabar.

A quem o nosso emérito comentarista pensa engrupir ao afirmar que […] Jair Bolsonaro, que junto com “seus” militares é estatista […]”? A verdade é que Jair Bolsonaro e a camarilha de militares que estavam a sua volta são todos entreguistas/privatistas. Caso fossem patriotas/nacionalistas de fato, como repetiam enganosamente, muito provavelmente não teriam tido apoio para se elegerem em 2018.

Assim, seguindo o programado, ou seja, Bolsonaro deveria dar continuidade ao desmantelamento do Estado e setor público do Brasil aprofundado pelo golpista e corrupto Michel Temer. E o fez.

Bolsonaro fechou a Ceitec, praticamente doou o complexo eólico Campos Neutrais, vendeu grande parte dos ativos da Petrobras sempre bem abaixo de seu valor de mercado, enfiou goela abaixo do povo brasileiro uma “reforma” da Previdência cujo razão única nada tinha a ver com déficit, mas com a privatização e a abertura de mais espaços para a previdência privada, obedecendo às pressões do poderoso setor financeiro.

Não satisfeito em tentar engabelar incautos e inocentes uma vez, o nosso emérito comentarista tentou uma segunda vez no mesmo comentário, ao afirmar que Bolsonaro tem ódio a FHC. Ora, essa de ódio a FHC é um jogo de cena montado para aliciar novos seguidores. Como é que o Bozo ia ter ódio ao FHC, a não ser de mentirinha, se uma vez eleito faria o mesmo que o “Farol de Alexandria”: aprofundou o neoliberalismo no sentido de arrasar com o Estado brasileiro.

Felizmente, o inominável não conseguiu cumprir sua tarefa em quatro anos. Se tivesse obtido sucesso na reeleição, Bolsonaro disporia agora de quatro anos para encaminhar o cumprimento de sua tarefa, o que ficou devendo: privatizar o que restou e liquidar o setor público brasileiro.

Alexandre Neres

20/11/2023 - 15h13

Pra bom entendedor pingo é letra!

Quem sabe ler nas entrelinhas logo identifica certas coisas.

É estranho, sobretudo num país que foi presidido por salnorabo, que a verrina de alguns seja sempre direcionada pra Lula, que sempre se mostrou um democrata, mesmo quando praticados golpes híbridos contra seu partido.

A passada de pano que se vê abaixo para o anarcolibertário é a mesma que foi recebida pelo genocida tupiniquim, até da pedofilia em relação às adolescentes venezuelanas. Isso para não falar que sumiu do mapa e nada comentou sobre a intentona golpista de 8J! Disse que o problema era só barrar as estradas, cujo bem tutelado era o menor dos males quando os poderes e a democracia estavam sendo acometidos.

Vamos dar o benefício da dúvida para quem proclama alto e em bom som ser a favor da venda de órgãos humanos e o fim do Banco Central, que quer estreitar relações com os EUA e Israel, como de costume. Vamos aguardar como se todo o arsenal que tem contra as instituições democráticas não estivesse devidamente posicionado para solapá-las. Sua vice inclusive defende que sejam anistiados os militares que levaram a cabo a ditadura feroz da Argentina, que por lá foram julgados e receberam o que fizeram por merecer, diferentemente daqui.

Enquanto no mundo dito civilizado prevalece a reestatização das estatais em áreas estratégicas, haja vista o desempenho bisonho das empresas privatizadas, aqui o nosso neoliberal parece estar transitando para ser um libertário a toda prova. Será que nem o caso Enel faz com que nosso ideólogo analisasse os fatos com o devido grão de sal e o mínimo de profundidade?

Depreende-se pelo teor do seu texto a simpatia que nutre pelo velhaco Milei.

Fuinha Esquerdista.

20/11/2023 - 15h01

O Milouco soa como um braveteiro tão ou mais ruim que o BozoAsno.

EdsonLuíz.

20/11/2023 - 13h12

Já anunciou privatizações!
■Isto já começa com uma boa diferença em relação a Jair Bolsonaro, que junto com “seus” militares é estatista e foram eles que criaram e/ou sustentaram a maior parte das estatais brasileiras.

Uma parte do ódio que Jair Bolsonaro tem de Fernando Henrique, ódio que ele transmitiu aos bolsonaristas, é exatamente por os governos Fernando Henrique terem privatizado mineradoras e siderúrgicas.

Vamos acompanhar o Javier Milei e ver se ele se mostra um ultra-libertário ou jm fundamentalista, o que o igualaria ao lulismo e ao bolsonarismo.

Mas por este anúncio de privatização Milei se desmarcar dos dois populistas brasileiros, que protegem as horrorosas estatais.

zulu

20/11/2023 - 12h07

Foi eleito pra isso.


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