Parlamentares alinhados com o governo Bolsonaro, liderados por Eduardo Bolsonaro (PL-SP), realizaram uma visita a Washington, D.C., nesta quarta-feira (15), com o objetivo de disseminar informações falsas sobre o governo de Lula (PT) entre congressistas da direita estadunidense, conforme relatado pelo jornal O Globo.
Na capital americana, o grupo foi recebido pelo congressista de extrema direita George Santos, filho de brasileiros e membro do Partido Republicano dos EUA. Contudo, os bolsonaristas brasileiros enfrentaram um contratempo, uma vez que Santos está sendo acusado de quatro crimes: fraude fiscal, lavagem de dinheiro, desvio de verbas públicas e mentir perante o Congresso americano.
Segundo a Folha de São Paulo, um relatório do Comitê de Ética da Câmara dos Representantes dos EUA, divulgado nesta quinta-feira (16), acusa o parlamentar de utilizar fundos de campanha para adquirir botox, artigos de luxo de grife e até assinaturas da plataforma de conteúdo erótico Only Fans.
Além de Eduardo Bolsonaro, a comitiva bolsonarista incluiu os senadores Magno Malta (PL-ES) e Jorge Seif (PL-SC), os deputados Altineu Côrtes (PL-RJ), Delegado Ramagem (PL-RJ), Júlia Zanatta (PL-SC), Capitão Alberto Neto (PL-AM) e Gustavo Gayer (PL-GO), além do comentarista político Paulo Figueiredo, neto do ex-ditador João Figueiredo.
Eduardo Bolsonaro compartilhou em suas redes sociais detalhes sobre a viagem, mencionando que o grupo está lá para denunciar supostas censuras à liberdade de expressão no Brasil. Ele afirmou:
“Vamos ter algumas reuniões com autoridades americanas aqui e expor um pouquinho do que está acontecendo no Brasil. Conseguimos dezenas de assinaturas de senadores e deputados de uma carta que fala da liberdade de expressão, determinadas situações que estão acontecendo no Brasil que não combinam com Estado democrático de direito.”
O jornalista Reinaldo Azevedo, em seu perfil no X, ironizou a missão bolsonarista nos EUA, destacando que os parlamentares foram recebidos pelo deputado trumpista George Santos, que enfrenta acusações formais no mesmo dia em que a comitiva estava lá para “denunciar” a “ditadura” brasileira. Azevedo concluiu comentando que os “patriotas” bolsonaristas são semelhantes em qualquer lugar.
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