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Os militares tinham a coragem que Jair não teve

Mais um trecho da delação do tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, vazou na imprensa. Dessa vez, o militar revela que sua esposa, Michelle, e seu filho, Eduardo, eram um dos que atuavam para instigar o ex-presidente a dar um golpe de estado. Acontece que os dois não estavam sozinhos nisso. […]

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Divulgação

Mais um trecho da delação do tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, vazou na imprensa. Dessa vez, o militar revela que sua esposa, Michelle, e seu filho, Eduardo, eram um dos que atuavam para instigar o ex-presidente a dar um golpe de estado.

Acontece que os dois não estavam sozinhos nisso. Um político que esteve próximo de Bolsonaro e que participou da comissão criada para a reforma policial na ocasião esteve no Palácio do Alvorada durante o governo de Jair Bolsonaro, revelou que foi o ex-presidente que ficou receoso em dar um golpe em setembro de 2021. Segundo o relato desta fonte, às vésperas do dia 7 de setembro de 2021, o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu entorno já estavam no limite com o Supremo Tribunal Federal (STF) e principalmente com o Ministro Alexandre de Moraes.

Porém, por mais irritado que Bolsonaro estivesse com o impasse institucional, os militares e generais no seu entorno estavam ainda mais alvoroçados. Eram eles os “diabinhos no ombro” do presidente instigando o presidente para o tal golpe.

Naquele momento, Bolsonaro relutava sobre um golpe por dois motivos: tinha a expectativa de que seria reeleito e tinha medo de ser preso. O ex-presidente nunca teve o apoio unânime das instituições da República, da imprensa ou do empresariado.

Quem estava em Brasília ou acompanhava a política de perto já sabia dos rumores. Não por menos, o 7 de setembro de 2021 foi o mais “agressivo”. Havia um temor muito maior de um golpe ali do que no dia 8 de janeiro ou episódios posteriores. E o motivo disso era que essa agitação para um golpe partia principalmente dos militares no entorno de Bolsonaro, muitos deles generais e oficiais relevantes.

Bolsonaro passou a vida inteira pregando golpe, mas naquele momento, no fundo, ele temia que não fosse a melhor hora para isso. Até tentou inflamar os ânimos no discurso em São Paulo. Porém, não houve uma revolução nas ruas em seu nome. Amedrontado com o que poderia ocorrer, pediu socorro para o ex-presidente Michel Temer.

E por que Temer, o impopular, o presidente avesso aos eleitores, foi escolhido? Para responder essa pergunta, basta responder outra: que presidente iniciou a inserção dos militares na política e nas estruturas da administração federal?

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Cleber Lourenço

Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_

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Saulo

10/11/2023 - 17h32

Cadê esse trecho que ninguém viu ? porquê a imprensa não divulgou ?

Comentários se e fazem com o trecho original na mão e não com as interpretações de outras pessoas… é o minimo do mínimo da seriedade.


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