Mais uma vez, o Brasil se viu excluído da lista de países autorizados a sair da Faixa de Gaza, levando o Ministério das Relações Exteriores a enviar questionamentos ao governo do Egito nesta sexta-feira, 3, conforme divulgado por Ricardo Noblat, do Metrópoles. As indagações visam obter esclarecimentos sobre os critérios de autorização de saída, uma vez que o Brasil foi o primeiro país a solicitar a abertura do posto fronteiriço de Rafah.
Até ontem, somente cidadãos de determinadas nações, como Azerbaijão, Austrália, Áustria, Bulgária, Bahrein, Bélgica, Coreia do Sul, Croácia, Estados Unidos, Finlândia, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Indonésia, Jordânia, Japão, Macedônia, México, República Tcheca, Suíça, Sri Lanka e Chade, haviam recebido permissão para entrar no Egito a partir de Gaza. Mais de mil indivíduos já cruzaram a fronteira africana.
De acordo com a administração do posto de controle de Rafah, divulgou-se nesta sexta-feira uma lista que incluía 571 pessoas autorizadas a atravessar, principalmente norte-americanos, britânicos, italianos, alemães, mexicanos e indonésios.
O Itamaraty está avaliando a possibilidade de enviar diplomatas ao Egito para negociar a liberação dos cidadãos brasileiros, considerando o veto atual como algo sem sentido. Até o momento, nenhum brasileiro conseguiu deixar a Faixa de Gaza via Egito desde a abertura da fronteira, em 1º de novembro, que permitiu a saída limitada de estrangeiros e agentes da Cruz Vermelha.
Anteriormente, o chanceler brasileiro Mauro Vieira já havia viajado ao Egito para discutir a abertura de Rafah, buscando não apenas a saída de brasileiros, mas também a liberação de palestinos feridos, mulheres, idosos e crianças.
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