Nesta terça-feira, 17, o Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, intensificou seus contatos por telefone com chanceleres e representantes diplomáticos dos países que formam o Conselho de Segurança da ONU, presidido atualmente pelo Brasil.
O objetivo era assegurar apoio para a resolução proposta pelo Brasil, que advoga por um cessar-fogo e a abertura de corredores humanitários em Gaza, no Oriente Médio.
Inicialmente agendada para ontem, a votação da proposta brasileira foi adiada devido à busca por consenso em relação aos termos do documento. Uma alternativa russa foi submetida à votação e rejeitada, com os membros permanentes Estados Unidos, Reino Unido e França se posicionando contra o texto proposto pela Rússia.
Apesar dos desafios, a diplomacia brasileira se mantém otimista diante do adiamento, vendo nele uma oportunidade de obter apoio e evitar possíveis vetos. De acordo com o G1, fontes do Itamaraty afirmam que “o tempo adicional permitirá não apenas ganhar votos favoráveis, mas também evitar vetos. Não teria adiantado forçar a votação ontem e se deparar com o veto de alguém”. No entanto, o Brasil ressalta que o adiamento não pode ser indefinido e convocou uma nova reunião para a noite desta terça-feira.
Conforme a reportagem, Mauro Vieira tem mantido contato nos últimos dias com chanceleres de países-chave, incluindo Rússia, França e Reino Unido, cujos representantes na ONU expressaram apoio à iniciativa brasileira. Além disso, o Itamaraty está atento à visita planejada do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Israel na quarta-feira (18).
O governo brasileiro está confiante de que a visita de Biden poderá contribuir para os esforços em direção à abertura da fronteira com o Egito na Faixa de Gaza e a possível criação de um corredor humanitário para a saída de pessoas que fogem do conflito, incluindo cidadãos brasileiros.
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