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Bolsonaro usa ataque em Israel para criticar Lula

O ex-presidente Jair Bolsonaro utilizou as redes sociais para expressar sua desaprovação pelos ataques terroristas conduzidos pelo braço armado do Hamas contra Israel neste sábado (7). No entanto, ele aproveitou a ocasião para fazer críticas ao presidente Lula. Em sua rede social, Bolsonaro aproveitou da triste situação e destacou que o Hamas havia parabenizado Lula […]

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro utilizou as redes sociais para expressar sua desaprovação pelos ataques terroristas conduzidos pelo braço armado do Hamas contra Israel neste sábado (7). No entanto, ele aproveitou a ocasião para fazer críticas ao presidente Lula.

Em sua rede social, Bolsonaro aproveitou da triste situação e destacou que o Hamas havia parabenizado Lula por sua vitória nas eleições de outubro de 2022.

“Pelo respeito e admiração ao povo de Israel repudio o ataque terrorista feito pelo Hamas, grupo terrorista que parabenizou Luís Inácio Lula da Silva quando o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) o anunciou vencedor das eleições de 2022”, escreveu o ex-presidente.

A tentativa de estabelecer uma conexão entre Lula e o Hamas foi repetida por apoiadores de Bolsonaro ao longo do dia. O filho do ex-presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), afirmou que o grupo é simpatizante de Lula e instou a “parte esquerdista” da comunidade judaica brasileira a compreender “o que está em jogo”.

“Já falam num apagão da inteligência de Israel, talvez provocada por cisões internas. Fato é que Israel está sob ataque e provavelmente muitos foram sequestrados. Espero que a parte esquerdista da comunidade judaica brasileira entenda o que está em jogo. Israel não pode se dar ao luxo de errar em sua defesa nacional. Com terrorista não se negocia. Orem por Israel”.

As relações entre Jair Bolsonaro e Israel sempre foram controversas. Logo após sua eleição em 2018, o ex-presidente anunciou sua intenção de mudar a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, uma decisão que gerou protestos e críticas por parte de líderes do mundo árabe.

O setor oriental de Jerusalém é considerado território ocupado pela ONU e é reivindicado pelos palestinos como a futura capital do Estado Palestino. Apesar disso, membros do governo Bolsonaro haviam indicado que a transferência da embaixada para Jerusalém era uma medida que seria implementada. No entanto, essa promessa não foi cumprida durante o mandato de Bolsonaro como presidente do Brasil.

O governo brasileiro manifestou sua condenação aos ataques aéreos e terrestres conduzidos hoje em Israel a partir da Faixa de Gaza pelo Hamas. Em um comunicado divulgado neste sábado, o tamaraty também anunciou que, na qualidade de presidente do Conselho de Segurança da ONU, o Brasil convocará uma reunião de emergência do órgão.

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Rhyan de Meira

Rhyan de Meira é estudante de jornalismo na Universidade Federal Fluminense. Ele está participando de uma pesquisa sobre a ditadura militar, escreve sobre política, economia, é apaixonado por samba e faz a cobertura do carnaval carioca. Instagram: @rhyandemeira

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Nelson

07/10/2023 - 17h41

Está correta a posição do governo Lula. O terrorismo é ato a ser condenado em qualquer circunstância. Porém, a seletividade dos órgãos da mídia hegemônica avilta a paciência de quem tenha o mínimo de bom senso.

Quando é Israel a bombardear, indiscriminadamente, os territórios palestinos e a matar crianças, mulheres e idosos, civis em geral, essa mídia transmite os fatos de forma a tentar nos convencer de que seria legítima tentativa de defesa.

Quando há resposta de algum grupo palestino, essa mídia só fala em extremismo, em terrorismo, deixando entender que os palestinos têm essa índole já em suas veias. Então, cabe lembrar da frase a seguir.

“As duas maiores organizações terroristas do mundo são o governo dos Estados Unidos e o governo de Israel”.

Essa frase foi inserida no livro “Piratas e Imperadores, Antigos e Modernos – o Terrorismo Internacional no Mundo Real” por Noam Chomsky. Detalhe: Chomsky é um linguista e filósofo nascido nos Estados Unidos e filho de judeus e, portanto, não pode ser tachado de antisemita ou acusado de padecer de ódio irracional aos EUA ou a Israel.


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