O ex-ministro do governo Bolsonaro e candidato a vice em sua chapa, o general da reserva Walter Braga Netto, disse ao Globo que não esteve presente na reunião detalhada por Mauro Cid na delação premiada.
“Não estava (presente). Evitava comparecer a essas reuniões para não causar constrangimentos. Eu já estava na reserva”, disse Netto ao Globo.
No entanto, ele também não nega a existência dessas reuniões. Netto foi questionado sobre seu envolvimento na reunião em que Jair Bolsonaro discutiu uma minuta considerada golpista com os comandantes das Forças Armadas. Esse encontro foi relatado pelo tenente-coronel Mauro Cid em seu acordo de colaboração premiada, o qual foi firmado com a Polícia Federal e homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com Braga Netto, suas visitas frequentes e duvidosas ao Palácio da Alvorada após a derrota de Bolsonaro nas urnas foram motivadas pela infecção na perna que o ex-presidente estava enfrentando.
O general também proferiu uma frase enigmática que se tornou viral após a derrota de Bolsonaro, inflamando os ânimos dos golpistas. Em novembro, após visitar o então presidente no Palácio da Alvorada, Braga Netto conversou com apoiadores presentes no local e declarou: “Não percam a fé, é só o que eu posso falar para vocês agora”.
A declaração foi registrada e amplamente compartilhada pela base de apoiadores do ex-presidente, muitos dos quais faziam apelos com conotação golpista na tentativa de impedir a posse de Lula.
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