A CPI da Americanas aprovou nesta terça-feira, 26 , o relatório final elaborado pelo deputado Carlos Chiodini (MDB-SC). De forma vergonhosa, a comissão não recomendou o indiciamento de nenhum responsável pelo colossal rombo contábil de mais de R$ 20 bilhões na empresa varejista, descoberto no início deste ano, o que resultou na maior crise da história da empresa.
O extenso relatório, composto por mais de 350 páginas, obteve 18 votos a favor e oito votos contrários. Os partidos PL e as federações representadas pelo PT/PCdoB/PV e PSOL/Rede se manifestaram contrários ao relatório. O partido PP optou por liberar sua bancada. Por outro lado, União Brasil, MDB e Republicanos recomendaram a aprovação do texto.
No relatório aprovado pela CPI, Chiodini afirmou que “as evidências disponíveis indicam possivelmente a participação de indivíduos que faziam parte da alta administração da empresa (ex-diretores e ex-executivos)”. No entanto, o deputado observou que “as provas até o momento não se mostraram suficientes para formar uma conclusão segura que permita atribuir autoria ou justificar um possível indiciamento”.
Uma versão preliminar do relatório estava pronta desde o início de setembro, mas a votação foi adiada devido a um pedido de revisão. A votação final ocorreu durante a sessão do colegiado.
A principal alteração feita no texto foi a inclusão de solicitações para que o Ministério da Fazenda reforce seu quadro de servidores e aumente o orçamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), visando aprimorar a fiscalização.
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