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Heleno joga a culpa dos acampamentos golpistas para o Ministério da Defesa

Durante seu depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas nesta terça-feira,26, o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo de Jair Bolsonaro, assegurou que nunca esteve presente no acampamento montado em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, de onde partiram os manifestantes que invadiram […]

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Durante seu depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas nesta terça-feira,26, o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo de Jair Bolsonaro, assegurou que nunca esteve presente no acampamento montado em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, de onde partiram os manifestantes que invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes. Ele enfatizou que, em sua percepção, esses acampamentos eram marcados por sua natureza “calma e organizada”.

Heleno disse que a supervisão dos acampamentos em frente ao Quartel General do Exército e outras instituições militares nos estados estava sob a responsabilidade do Ministério da Defesa, através dos comandos do Exército, Marinha e Força Aérea, e não sob o escopo de atuação do GSI.

Além disso, ele ressaltou que nunca compareceu ao acampamento em frente ao Forte Apache, não por falta de disponibilidade, mas porque considerava as atividades ali realizadas como essencialmente pacíficas e bem organizadas. O general nunca viu o acampamento como uma ameaça para a segurança institucional, mas sim como uma manifestação política pacífica.

“Os acampamentos em frente ao quartel general do Exército e de outras organizações militares nos estados da federação estavam sendo acompanhados pelo Ministério da Defesa, por meio dos comandos do Exército, Marinha e Força Aérea. Esse acompanhamento e ações decorrentes obviamente não eram de responsabilidade do GSI. Também declaro e assino embaixo: jamais estive no acampamento que foi realizado em frente ao Forte Apache. Nunca fui ao acampamento. Não por falta de tempo, mas por falta de condições de participar do que realizavam no acampamento que, pelo que se sabia, eram atividades extremamente pacíficas e ordeiras. Eu nunca considerei o acampamento algo que interessasse à segurança institucional. Sempre achei que era uma manifestação política, pacífica e não poderia ser tratada dessa maneira”. declarou.

O ex-chefe do GSI também afirmou que nunca participou de reuniões, palestras ou conversas relacionadas a assuntos eleitorais ou político-partidários com seus subordinados. Ele destacou que, do seu ponto de vista, os servidores do GSI eram funcionários públicos do Estado brasileiro, e ele era o único com inclinações políticas, sendo o responsável pelo componente político do GSI. Além disso, Heleno enfatizou que, após deixar o cargo de ministro de Estado em 31 de dezembro de 2022, não manteve contato com os servidores do GSI ou da Presidência da República e, portanto, não estava em posição de fornecer esclarecimentos sobre os eventos ocorridos em 8 de janeiro de 2023.

O general rejeitou a alegação de que teria deixado uma influência “bolsonarista” no GSI, enfatizando que nunca abordou questões políticas com seus servidores e que sua atuação manteve-se afastada das questões políticas.

“Jamais me vali de reuniões, palestras ou conversas para tratar de assuntos eleitorais ou político-partidários com meus subordinados do GSI. Não havia clima para isso e o único ser político do GSI era eu mesmo. Os demais eram servidores do Estado brasileiro. No dia 31 de dezembro de 2022, à meia-noite, deixei de ser ministro de Estado e não fiz mais contato com servidores do GSI ou da Presidência da República. Portanto, não tenho condições de prestar esclarecimentos sobre os atos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023”, prosseguiu Heleno.

“‘No GSI permaneceu o DNA bolsonarista do general Heleno’. Essa foi uma frase infeliz pronunciada nem sei por quem. Não ficou DNA bolsonarista do general Heleno porque jamais tratei de política com meus servidores”, finalizou.

Assista o depoimento ao vivo!

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