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Globo pediu dinheiro a Pinochet para defender a ditadura chilena

As informações vieram a público hoje pelo jornalista Jamil Chade, do UOL.  Livro revela apoio da mídia brasileira à ditadura de Pinochet no Chile O livro “O Brasil contra a Democracia – A ditadura, o golpe no Chile e a Guerra Fria na América do Sul”, de Roberto Simon, expõe como a imprensa brasileira apoiou […]

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Roberto Marinho, presidente das organizações Globo, e o último presidente da ditadura militar, João Figueiredo.

As informações vieram a público hoje pelo jornalista Jamil Chade, do UOL

Livro revela apoio da mídia brasileira à ditadura de Pinochet no Chile

O livro “O Brasil contra a Democracia – A ditadura, o golpe no Chile e a Guerra Fria na América do Sul”, de Roberto Simon, expõe como a imprensa brasileira apoiou o regime ditatorial de Augusto Pinochet no Chile. A pesquisa também mostra que essa campanha de apoio foi coordenada com a CIA e o governo dos Estados Unidos.

Lançado originalmente em 2021 no Brasil, o livro ganhou uma versão em espanhol e foi apresentado recentemente em Santiago, Chile. O evento contou com a presença dos ministros brasileiros Flavio Dino (Justiça) e Silvio Almeida (Direitos Humanos).

Segundo o autor, a imprensa brasileira não apenas apoiou o regime chileno, mas também solicitou financiamento para produzir conteúdo favorável à ditadura. O livro detalha como a mídia brasileira e chilena diferiam significativamente em termos de liberdade de expressão durante esse período.

Roberto Simon também destaca a influência de Júlio de Mesquita Neto, do jornal O Estado de S. Paulo, e sua relação com a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP). O livro sugere que a SIP e a grande mídia brasileira tinham laços estreitos com o jornal chileno Mercurio, um veículo pró-Pinochet financiado pela inteligência americana.

O autor relata ainda que a embaixada chilena no Brasil recebeu uma proposta comercial do jornal O Globo para vender matérias ao regime chileno. A oferta foi considerada cara e, portanto, não foi aceita.

Em resposta às revelações, o Grupo Globo afirmou que não tem conhecimento do conteúdo da pesquisa e que as ações descritas não estão alinhadas com seus princípios atuais. O jornal O Estado de S. Paulo optou por não comentar o assunto.

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