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PF prepara esquema especial para os 8 depoimentos simultâneos no inquérito das joias

A Polícia Federal (PF) está se preparando para um momento crucial em sua investigação sobre um esquema de venda ilegal de joias e presentes oficiais recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e sua equipe. Com o depoimento simultâneo de oito pessoas envolvidas no caso, incluindo Bolsonaro e sua ex-primeira-dama Michelle, a PF está empregando um esquema […]

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Brasília (DF) 05/04/2023 Policiamento reforçado na PF para o depoimento do ex-presidente Jair bolsonaro sobre as joias Sauditas.

A Polícia Federal (PF) está se preparando para um momento crucial em sua investigação sobre um esquema de venda ilegal de joias e presentes oficiais recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e sua equipe. Com o depoimento simultâneo de oito pessoas envolvidas no caso, incluindo Bolsonaro e sua ex-primeira-dama Michelle, a PF está empregando um esquema especial para garantir que as oitivas sejam conduzidas de maneira eficiente e transparente.

Nesta quinta-feira, o ex-presidente Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle e outras seis pessoas associadas a eles serão interrogados pela Polícia Federal em relação a um suposto esquema de venda de presentes oficiais, como relógios e joias, recebidos do exterior. A estratégia da PF visa a coletar depoimentos individuais, a fim de evitar discrepâncias e possíveis modificações de versões. Essa abordagem ressalta a seriedade da investigação e a busca por obter informações precisas.

A realização de oito depoimentos simultâneos requer uma logística cuidadosa e uma equipe preparada para lidar com diferentes questões e contextos. Os depoentes incluem não apenas o ex-presidente Bolsonaro e sua esposa Michelle, mas também indivíduos próximos a eles, como o ex-chefe da Ajudância de Ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, o pai dele, o general Mauro Cesar Lourena Cid, o advogado Frederick Wassef, o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten e os assessores Marcelo Costa Câmara e Osmar Crivelatti.

Uma reviravolta recente na investigação é a colaboração do tenente-coronel Mauro Cid, ex-chefe da Ajudância de Ordens de Bolsonaro. Nas últimas semanas, Cid começou a responder aos questionamentos da PF e colaborar com a investigação, o que mudou a dinâmica do caso. Esse novo desenvolvimento pode fornecer informações valiosas para esclarecer as circunstâncias da venda dos presentes.

A investigação concentra-se na venda de presentes oficiais dados a Bolsonaro por autoridades estrangeiras. A PF reuniu evidências através de quebras de sigilo telefônico e telemático, além de buscas e apreensões autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A busca por entender a realidade por trás da venda de relógios e joias de valor destaca a seriedade da investigação e a importância de coletar depoimentos consistentes para a apuração dos fatos.

Os depoimentos ocorrerão em um contexto em que algumas das pessoas envolvidas já colaboram com a investigação. Mauro Cid, por exemplo, já prestou esclarecimentos à PF e mudou sua estratégia de defesa após a entrada do advogado Cezar Bitencourt no caso. A presença de Frederick Wassef, advogado que representa a família Bolsonaro, também levanta questões sobre a recompra de um relógio Rolex que faz parte da investigação.

A realização dos oito depoimentos simultâneos, incluindo o do ex-presidente Bolsonaro e sua ex-primeira-dama Michelle, marca um momento crucial na investigação sobre a venda ilegal de presentes oficiais. A estratégia da Polícia Federal de coletar depoimentos individuais visa a esclarecer as circunstâncias dessa prática e evitar discrepâncias nas versões apresentadas. Enquanto a investigação avança, os depoimentos fornecerão insights importantes para entender os eventos em questão e suas implicações legais.

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Ruann Lima

Paraibano e Estudante de Jornalismo na UFF

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