Não restam dúvidas que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de Jair Bolsonaro, se tornou um “bode na sala” dos militares por causa do seu envolvimento direto nos crimes envolvendo o ex-presidente. Nos últimos dias, o militar foi o centro das atenções por causa do seu depoimento que durou mais de 10 horas na sede da PF, em Brasília.
Com isso, a cúpula militar tinha a esperança de que com o seu depoimento bombástico, Mauro Cid iria estancar a sagria da caserna, entregando apenas alguns colegas de farda que também se envolveram no esquema criminoso das joias sauditas.
Porém, essa esperança da caserna já pode ter morrido. Segundo fontes ouvidas pela jornalista Andreia Sadi, no G1, o ex-ajudante de ordens resolveu ir além do caso da venda das joias, ele também teria concedido detalhes escabrosos de uma reunião sobre golpe de estado encabeçada pelo ex-presidente Bolsonaro. Naturalmente, essas revelações também podem comprometer brutalmente a cúpula das Forças Armadas.
Ainda na sua colaboração, Mauro Cid deve apontar a PF sobre quem foram os militares e até mesmo ex-ministros do Governo Bolsonaro que participaram dessas tratativas golpistas que aconteceram no Palácio do Alvorada, em dezembro do ano passado.
Entre os generais que podem ser citados pelo ex-ajudante de ordens estão: Augusto Heleno (ex-ministro do GSI) e Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e Defesa). Além do tenente-coronel, integrantes do núcleo da Polícia Rodoviária Federal, que estavam sob o comando de Silvinei Vasques, também estão sendo ouvidos pela PF sobre esse roteiro golpista.
Saulo
30/08/2023 - 20h36
Como alguém fala de crime se nem uma denuncia existe ?
Deve ser meio imbecil, meio fascistoide, meio brasileiro mesmo.