O Brasil registrou a criação de 142.702 empregos com carteira assinada em julho de 2023, mantendo-se no sétimo mês consecutivo de saldo positivo, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Embora o número represente um decréscimo de 36,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando foram gerados 225.016 postos de trabalho, a continuidade dos resultados positivos é um sinal encorajador para a economia brasileira.
O setor de serviços se destacou como o principal contribuinte para o resultado de julho, gerando 56.303 postos, seguido pelos setores de construção (25.423), indústria (21.254), comércio (26.744) e agrícola (12.978). Todas as cinco áreas apresentaram saldos positivos, demonstrando uma recuperação relativamente abrangente.
Nos primeiros sete meses de 2023, um total de 1.166.125 novos empregos foram criados, indicando um recuo de 27,7% em comparação ao mesmo período de 2022, quando foram gerados 1.613.048 postos. Atualmente, o Brasil conta com 43.610.550 pessoas empregadas formalmente, um aumento de 0,33% em relação ao mês anterior.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, aproveitou a divulgação dos números para enfatizar que os altos juros continuam impactando a retomada econômica do país. Ele ressaltou que as taxas elevadas ainda representam um obstáculo para a melhoria do cenário. No entanto, Marinho expressou otimismo, afirmando sua expectativa de criação de pelo menos 2 milhões de novos empregos com carteira assinada ao longo de 2023.
Um dos aspectos positivos do relatório foi o aumento do salário médio de admissão, que atingiu R$ 2.032,56 em julho, representando um aumento real de 0,96% em relação a junho. O valor também registrou um crescimento em comparação com o mesmo mês do ano passado, indicando um movimento positivo para o poder de compra dos trabalhadores.
O Caged revelou que todos os estados, exceto o Rio Grande do Sul, apresentaram saldos positivos na geração de empregos em julho. São Paulo liderou com a criação de 43.331 vagas, representando um aumento de 0,32%. Em contraste, o Rio Grande do Sul registrou uma queda de 0,08%, equivalente a menos 2.129 postos de trabalho.
Embora o cenário econômico continue desafiador, a criação de empregos formais em setores diversos e a expectativa de um crescimento contínuo no emprego ao longo do ano sinalizam um progresso gradual na recuperação da economia brasileira. Enquanto o governo trabalha para enfrentar as barreiras, como os juros elevados, os esforços para estimular investimentos e retomar projetos podem contribuir para um cenário mais otimista nos próximos trimestres.
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