Parece que ao tentar mostrar alguma “isenção” e também fazer uma tentativa de sinalizar para a oposição na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre o 8 de janeiro, o presidente do colegiado, o deputado Arthur Maia (UNIÃO-BA), acabou se prejudicando.
Fontes afirmam que o deputado não foi apenas alvo de críticas pela base do governo, mas também de ministros do Supremo Tribunal Federal, parlamentares independentes e até mesmo do próprio Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara.
A avaliação é que ao convocar o repórter fotográfico da Agência Reuters, Adriano Machado, para depor na CPMI, o presidente do colegiado acabou indiretamente chancelando ataques feitos contra a liberdade de imprensa realizados pelos bolsonaristas. Isso porque o fotógrafo estava no local dos atos apenas fazendo o seu trabalho e, por isso, acabou sendo submetido a todo tipo de sevícias de bolsonaristas, seja no dia dos atos, seja ontem (15) com os parlamentares bolsonaristas na CPMI.
A expectativa de membros da CPMI é que Maia se torne mais sensível aos requerimentos da base governista e se torne mais cauteloso com requerimentos da oposição. Na avaliação destas mesmas fontes, Maia deu um tiro no próprio pé e acabou se queimando com isso.
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