No dia 11 do mês passado, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro recebeu o controverso tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro e envolvido em uma série de escândalos e investigações. Embora a oitiva tenha sido marcada pelo uso desmedido de seu direito ao silêncio, um outro detalhe passou despercebido durante o dia.
No mesmo dia em que o tenente-coronel estava na CPMI, o ministro da Defesa, José Múcio, também esteve pelos corredores do parlamento. Embora afirme que estava lá para se reunir com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o ministro teria outra agenda.
Segundo fontes da base do governo federal no Congresso Nacional, Múcio teria se reunido com alguns parlamentares da base pedindo para que “pegassem leve” com o militar bolsonarista e que não fossem tão incisivos com ele. O pedido revoltou alguns parlamentares que, embora pessoalmente concordassem com o ministro, não gostaram nem um pouco da postura dele.
Já outra fonte afirmou que o único pedido que houve por parte do ministro foi o de que se evitasse melindrar familiares de militares envolvidos diretamente com os episódios que culminaram com o 8 de janeiro, como, por exemplo, Maria Aparecida Villas Bôas, a esposa do general Villas Bôas. Pedido que foi prontamente atendido pela CPMI.
Outra fonte no Congresso Nacional foi taxativa em afirmar que “hoje o Ministério da Defesa não é do governo Lula”, defendendo que a pasta hoje atua de forma independente e alheia ao Palácio do Planalto.
Já um interlocutor do Palácio do Planalto afirmou que Múcio esteve presente no Congresso Nacional nesta quarta-feira (9). Segundo ele, “até as Emas do Alvorada, apesar de toda cloroquina, podem intuir que a Senadora [Eliziane Gama] está empoderada e que a Caserna está preocupada”.
Antonio Luiz Bittencourt
11/08/2023 - 18h14
Esse sujeito não deveria estar no governo. É, nitidamente, cupincha da ala miliciana das forças armadas, os milicos, e deveria estar sendo investigado e não atuando como ministro.
Luise
10/08/2023 - 18h50
PQP, o Múcio tem que ser demitido, GSI tem que ser extinto, e as Forças Armadas deveriam ser extintas, pois não servem para nos proteger.