Desde o início do conflito armado entre Rússia e Ucrânia em fevereiro de 2022, a guerra já vitimou quatro brasileiros.
Abaixo, informações sobre cada um:
Antônio Hashitani, 25 – Curitiba (PR)
Antônio Hashitani, um jovem estudante de medicina de Curitiba, encontrou seu trágico destino em Bakhmut, na Ucrânia. Aluno da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), ele decidiu trancar a matrícula no terceiro ano de faculdade para se dedicar a projetos humanitários. Na Ucrânia, Antônio se filiou a um grupo paramilitar. Antes disso, seu compromisso com causas humanitárias o levou à África, onde participou de ações significativas, como a construção de um parque para crianças na Tanzânia.
André Luis Hack Bahi, 44 – Porto Alegre (RS)
O gaúcho André Luis Hack Bahi foi o primeiro brasileiro confirmado morto no conflito. Ele chegou à Ucrânia em fevereiro de 2022 e, em junho do mesmo ano, encontrou seu fim. André lutava pela Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia e, segundo relatos, morreu heroicamente ao se arriscar no fogo cruzado para salvar outros combatentes. Pai de sete filhos e separado da esposa, André tinha uma determinação inabalável, expressa nas palavras de sua irmã: “Se fosse o fim dele morrer em combate, ele estaria feliz.”
Douglas Rodrigues Búrigo, 40 – São José dos Ausentes (RS)
Douglas Rodrigues Búrigo, oriundo do interior do Rio Grande do Sul, também teve sua vida interrompida pelo conflito em julho de 2022. Ele atuava ao lado do Exército ucraniano em Kharkiv quando um ataque aéreo o vitimou. A família de Douglas mencionou que sua intenção inicial era prestar serviço humanitário, mas as circunstâncias o levaram à linha de frente. Seu corpo foi cremado na Ucrânia, e suas cinzas foram trazidas ao Brasil, onde uma cerimônia de despedida foi realizada em sua cidade natal.
Thalita do Valle, 39 – Ribeirão Preto (SP)
Thalita do Valle, de Ribeirão Preto, São Paulo, encontrou seu fim em Kharkiv, asfixiada em um incêndio no bunker onde se refugiava. Ela chegou à Ucrânia apenas três semanas antes de sua morte e estava filiada à Legião Estrangeira Ucraniana, atuando como socorrista. No Brasil, Thalita já havia demonstrado seu compromisso com causas humanitárias, participando ativamente dos resgates em Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais.
Paulo Werneck
12/08/2023 - 21h32
Ações humanitárias com armas?
O símbolo da FEB, que lutou contra os fascistas, num exército que defende o fascismo?