Reproduzo abaixo outro post que publiquei hoje no Tijolaço, com alguns dados para debatermos a importância da Copa para o Brasil. Acrescento aqui que os custos da Copa, estimados em R$ 30 bilhões, feitos ao longo dos últimos sete anos, representam menos de um décimo do que corresponde a derrubada da CPMF (imposto do cheque para a saúde).
Em entrevista à Carta Capital desta semana, o ex-ministro José Temporão diz que a CPMF equivaleria a hoje a mais de R$ 50 bilhões por ano.
Ou seja, de 2007 (primeiro ano sem CPMF) a 2014, o Brasil perdeu mais de R$ 350 bilhões que poderiam ser aplicados exclusivamente em saúde pública.
E tudo porque a oposição, a Globo e setores irresponsáveis da ultra-esquerda, se uniram para derrubar um imposto que, além de financiar a saúde, ajudava a combater sonegação e lavagem de dinheiro.
Porque a campanha “não vai ter Copa” é irresponsável?
O gráfico acima foi tirado de estudo da Fundação Getúlio Vargas em parceria com a consultoria Ernst & Young, cuja íntegra pode ser lida aqui.
Para me poupar o trabalho de resumir os números apresentados pelo estudo, transcrevo trecho de post de hoje de Eduardo Guimarães, do blog Cidadania, que já fez o serviço:
Estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas em parceria com a renomada empresa de consultoria Ernst & Young para o Ministério do Esporte em 2010 diz coisas muito diferentes das que vêm sendo ditas por esses embrulhões do movimento “Não vai ter Copa”.
Segundo o estudo, a Copa irá gerar R$ 183 bilhões de faturamento em um período de dez anos (de 2010 e até 2019) devido a impactos diretos – investimentos em infraestrutura, turismo, empregos, impostos, consumo – e indiretos – via circulação de todo esse dinheiro no país.
Somente em obras de infraestrutura, os investimentos deverão alcançar R$ 33 bilhões, entre estádios, mobilidade urbana, portos, aeroportos, telecomunicações, energia, segurança, saúde e hotelaria.
No turismo, os números apurados pela consultoria mostram que circularão 600 mil turistas estrangeiros e 3 milhões de turistas nacionais, aumentando em cerca de 50% o faturamento do turismo no país – de cerca de 6 para cerca de 9 bilhões de reais.
Somando empregos para trabalhadores permanentes e temporários, eles devem incrementar o PIB em R$ 47,9 bilhões.
Segundo a consultoria citada, “Os R$ 5 bilhões a serem injetados no consumo pela renda gerada por esses trabalhadores equivalerá a 1,3 ano de venda de geladeiras no Brasil ou 7,2 milhões de aparelhos”.
A expectativa é a de que a Copa crie mais de 700 mil empregos entre permanentes e temporários.
FGV e Ernst & Young ainda afirmaram que devem ser arrecadados “R$ 17 bilhões em impostos, o que representará mais de 30 vezes os R$ 500 milhões em isenções fiscais que serão concedidas à Federação Internacional de Futebol (Fifa) e empresas por ela contratadas para a realização do Mundial”.
Os tributos federais a ser arrecadados com a Copa deverão chegar a R$ 11 bilhões, deixando um saldo positivo de R$ 3,5 bilhões em relação aos investimentos federais na realização do campeonato.
Veja, leitor, o cálculo do faturamento total da Copa, segundo o estudo em tela:
“Os impactos indiretos da Copa na economia do país com a recirculação do dinheiro são calculados pelo estudo em R$ 136 bilhões, até 2019, cinco anos depois da Copa. Um impacto pós-Copa, impossível de dimensionar financeiramente transforma-se em turismo futuro. Além disso, as obras que modernizarão estádios nas 12 cidades-sedes também geram riqueza e impacto no PIB. Este valor, somado aos R$ 47 bilhões dos impactos diretos, leva aos R$ 183 bilhões que o estudo calcula que a Copa vai gerar para o país”.
Então, diante de gastos de cerca de 30 bilhões de reais para realizar a Copa de 2014 no Brasil, haverá um faturamento bruto de 183 bilhões de reais.
O Cafezinho
12/01/2014 - 10h51
guilherme, você está confuso. Se eu ajudei a organizar duas manifestações, então não sou contra manifestações. Não sou anti-rua. Sou crítico a um tipo de manifestação, coxinha, sem rumo, alienada, antidemocrática, violenta, que aceita presença de gente defendendo ditadura. Ponto. Quanto aos professores, que indiferença? Eu sempre deixei claro minha crítica à violência policial. Quanto à última pergunta, é agressão quase infantil. A ilustração do post, com o títere palhaço compõe a crítica à uma ideia, a uma estratégia. Você falta ao respeito com a pessoa, entende? E o faz novamente agora, com essa perguntinha ridícula ao final, o que é coisa de quem não tem argumento e prefere apelar para a agressão ad hominen e para a baixaria. Você se acha melhor, moralmente, do que eu? Você é o bonzinho e eu sou o malvado? É assim que você debate?
Guilherme Preger
12/01/2014 - 02h40
Miguel, não estou perseguindo ninguém, estou fazendo a defesa da legitimidade das manifestações que vêm sendo desqualificadas desde o início pelo Cafezinho.Acima de tudo o Blog quer criar a impressão que a Grande Mída (GM) estaria a favor das manifestações quando o tom e a perspectiva desta é absolutamente semelhante ao do Cafezinho. Isso é que é estranho. Estou sobretudo apontando uma série de contradições do assim chamado Movimento Blogueiro Anti-Rua (MBAR), nome que não fui eu que dei, como por exemplo a crítica da “não-institucionalidade” das manifestações (pela falta de líderes, por não estarem sob o comando de partidos e sindicatos, etc.) enquanto ao mesmo tempo faz uma campanha contra a decisão totalmente institucional do STF. Chegou a ser infame a indiferença do blog a respeito das arbritariedades policiais em relação a professores e manifestantes que estavam apanhando e sendo presos. Vc diz que organizou manifestações, ok: mas porque então escolher o sintagma “as manifestações são violentas”, o mesmo de toda GM, sobretudo Globo, em vez de escolher o sintagma “as manifestações são justas”? Vc diz que não respeito as opiniões, mas porque o artigo deste post sobre o movimento “Não vai ter Copa” está ilustrado por um títere palhaço? isso não é falta de respeito e incapacidade de ouvir a opinião contrária? Vc me pergunta o que é aparelhamento ideológico, pois bem, não vou explicar, mas uma boa dica seria responder a pergunta: quem são afinal os titereiros do MBAR?
O Cafezinho
11/01/2014 - 15h16
Quanto as remoções e violências do Estado, elas acontecem sem copa ou com copa.
O Cafezinho
11/01/2014 - 15h13
respeite minha opinião e tente me respeitar, guilherme. não estou entendendo a sua perseguição. eu tenho minha opinião. tente argumentar com racionalidade, ao invés de tentar levar o debate para essa demonização do outro. tente ver boas intençõestb em que não partilha de todas as suas ideias. eu faço isso em relação a voce. não concordo mas vejo boas intenções. tente fazer o mesmo comigo. caso contrário, junte-se a longa lista de adversários que tenho entre os psicóticos de ultradireita e alguns de ultraesquerda. abraço.
O Cafezinho
11/01/2014 - 15h10
o seu argumento de que o cafezinho está junto da globo é infantil. quer dizer que se a globo for contra um assassino, eu tenho de ser a favor? a globo já faturou publicidade, e ganha $ com copa ou sem copa. eu quero que a copa se realize porque penso nos empregos gerados e nos ganhos economicos, visto que emprego e crescimento econômico é a única maneira sustentável de combater a pobreza no país.
O Cafezinho
11/01/2014 - 15h08
Guilherme Preger, você está muito estranho. Eu sempre defendi o imposto sobre as grandes fortunas. Foi uma das primeiras leis propostas pelo governo lula, e caiu por falta de apoio popular (leia-se mídia) e do congresso. como já disse, ajudei a organizar duas manifestações em 2013, uma delas bem grande, em frente à globo do jardim botanico. Outra para mudar o nome da rua irineu marinho para leonel brizola. caso não saiba, minha denúncia sobre a sonegação da globo ajudou a mobilizar dezenas de manifestações pelo país afora. eu critiquei as manifestações qdo elas precisavam ser criticas, na minha opinião, por causa da falta de rumo, da violência, e da presença cada vez maior de pautas conservadoras e mesmo golpistas (em favor de golpe, em favor de linchamento, etc). a queda da cpmf foi uma decisão legislativa na qual a mídia atuou fortemente e causou grande dano à saúde pública nacional, porque tirou quase 400 bilhões de reais nos últimos anos. meu argumento é que não é a “copa” que está tirando dinheiro da saúde, e sim a queda da cpmf. o meu post fala que criticar os gastos, o superfaturamento, as arbitrariedades, é válido e importante. eu critico a campanha de não vai ter copa porque é burra, contraproducente e uma bandeira que já foi comprada pela ultradireita.
O Cafezinho
11/01/2014 - 10h03
“aparelhamento ideológico?” que raio é isso?
O Cafezinho
11/01/2014 - 10h03
claro que tem a ver cpmf e crítica a copa. eu me referi ao mote de gastar $ com saúde ao inves de gastos com copa e argumentei que o fim da cpmf implicava em corte de gastos muito superior a copa. 350 bilhões contra 7 bilhões (sendo q destes 7 bilhões, boa parte é com infra-estrutura).
O Cafezinho
11/01/2014 - 08h34
guilherme, não sou blogueiro anti-rua. organizei 2 manifestações no ano passado.
O Cafezinho
11/01/2014 - 08h32
cúmplice ideológico?
Guilherme Preger
11/01/2014 - 03h16
para q não fique dúvida do q O Cafezinho está sendo cúmplice ideológico: http://folhacentrosul.com.br/geral/3090/fifa-manda-e-prefeito-determina-desocupacao-violenta-no-rio-de-janeiro
Guilherme Preger
10/01/2014 - 23h55
http://realworldcup.tumblr.com/
William Dubal
10/01/2014 - 13h28
Legal, divulgaremos os ótimos números para as vítimas das remoções forçadas ou ameaçados de despejos por conta das obras da Copa em todo o Brasil.
Quem sabe assim esses egoístas parem de reclamar a toa e sintam empatia por todos aqueles que lucrarão com tão altas cifras.
O critério de responsabilidade, é claro, passa mesmo é pelo crivo da economia. Pena que o da felicidade, não.
Guilherme Preger
09/01/2014 - 14h59
é um artigo típico de aparelhamento ideológico. Defende uma falácia: o que tem a ver o fim da CPMF e as crítica dos gastos da Copa? o fim da CPMF foi uma decisão legislativa, a crítica aos gastos da Copa tem a ver com superfaturamento e o conluio entre governos e empreiteiras. Curiosa essa contradição do MBAR (Movimento Blogueiro Anti-Rua): critica as manifestações por serem não-institucionais, mas critica a institucionalidade do fim da CPMF… Que tal começar a defender o imposto contra as grandes fortunas? E afinal, se o movimento Nâo Vai ter Copa é um mero títere, quem são os tiriteiros? A quem afinal interessa esse pragmatismo político (Copa significa investimentos, empregos, etc. e que se fodam os indígenas e moradores removidos…). Grupos como Globo, Coca-cola, Empreiteiras, Banco ITaú, Nike, todos QUEREM a Copa. Daí mais uma contradição: O Cafezinho está no mesmo fronte da Rede Globo e CIa, pela legitimação ideológica dos gastos com a Copa…
O Cafezinho
08/01/2014 - 02h39
Felipe Motta http://www.copa2014.gov.br/ olha isso garoto estuda os gastos toma seu toddynho e relaxa
Felipe Motta
07/01/2014 - 20h17
oi seja, crime é c@r@lh0
Felipe Motta
07/01/2014 - 20h16
a idéia é mostrar que nós não podemos ter copa num país de investimentos corruptos e inadequados, para que isso tenha exposição internacional, se não quebrar, se não queimar, a mídia não vai mostrar.
NOSSA REVOLUÇÃO SERÁ TELEVISIONADA.
O Cafezinho
07/01/2014 - 17h11
Se fosse isso, tudo bem, Maicon. Mas a gente sabe muito bem que há uma galera que gosta mesmo é de um quebra-quebra. Ou de fazer, ou de olhar.
Maicon Silva
07/01/2014 - 14h44
Vai ter Copa sim, e não será boicotada. O que haverá nas ruas será a maior manfestação do povo contra esses gastos absurdos, superfaturados,obras prometidas e não cumpridas pelo governo PT. Imagina se fosse outro partido,o que esses comunas não estariam nas ruas ,gritando.
Ayrton Marques
07/01/2014 - 13h02
“O PT trouxe a Copa e a Olimpíada. O PSDB trazia o FMI”
O Cafezinho
07/01/2014 - 12h10
Tem razão, Francisco. Corrigi lá.
Francisco Cabral
07/01/2014 - 12h05
Os gastos não foram feitos de uma só tacada. Foram ao longo de sete anos e meio. Desses 30 bi, somente pouco mais de 7 bi foram para os estádios, em forma de empréstimos do BNDES, ou seja, vamos receber de volta, com juros. O restante são obras para as cidades-sede, quer dizer, legado para sempre, benefícios que talvez demorassem muito mais para sair do papel.