A nova administração da Petrobrás, sob o governo Lula, já promoveu mudanças importantes. Além de pôr fim à paridade no preço de importação (PPI), a nova direção da estatal aumentou a produção doméstica de gasolina e diesel, em 7,4% e 10%, respectivamente, no segundo trimestre, na comparação com o anterior.
Em junho, a produção de gasolina foi de 421 mil barris ao dia (bpd), melhor resultado desde 2014. A produção de diesel do diesel S10, menos poluente e com menor impacto ambiental, teve recorde mensal de 442 mil bpd em junho.
Ao contrário da tendência verificada após o golpe de 2016 contra a presidenta Dilma, de sucatamento e esvaziamento das refinarias, para beneficiar importadores brasileiros e fornecedores norte-americanos, as unidades de refino da companhia atingiram fator de utilização de 93% no segundo trimestre, depois de chegarem a 95% em junho, maiores resultados desde 2015. Os expressivos números foram obtidos mesmo com paradas programadas de manutenção na RPBC, Refap, Reduc e Replan, realizadas respeitando os requisitos de segurança, meio ambiente e saúde.
Os investimentos também estão em crescimento. No segundo trimestre, totalizaram US$ 3,2 bilhões, 31% acima do 1T23, devido a novos grandes projetos do pré-sal.
A produção no pré-sal alcançou 2,06 milhões de barris por dia, maior volume trimestral da história, e quase 80% da produção total da Petrobrás, superando o recorde anterior atingido no primeiro trimestre, de 2,05 milhões de barris/dia.
Também foi iniciada a produção de duas grandes plataformas: FPSOs Almirante Barroso, no campo de Búzios, na Bacia de Santos, e Anna Nery, no campo de Marlim, na Bacia de Campos.
A Petrobras iniciou investimentos em novos campos, adquirindo o bloco Norte de Brava integralmente e os blocos de Água Marinha e Sudoeste de Sagitário em parcerias com outras empresas. Essas aquisições potencializam a recomposição de reservas da Petrobras para o futuro e reafirmam o foco da companhia na exploração e produção de ativos rentáveis.
A empresa também reduziu expressivamente o percentual de remuneração aos acionistas, de 60% para 45% do fluxo de caixa livre (dinheiro à disposição no caixa), liberando mais recursos para novos investimentos em pesquisa, tecnologia e transição energética.
A nova administração também ampliou a definição de investimentos para incluir a recompra de ações, quando a própria companhia adquire suas ações. Com isso, a estatal poderá aumentar a participação acionária do governo.
O relatório completo pode ser baixado neste link, e o release divulgado hoje pela empresa segue abaixo:
Petrobras alcança lucro líquido de R$ 28,8 bilhões no 2º trimestre de 2023
Investimentos totalizaram US$ 3,2 bilhões, 31% acima do 1T23, devido aos grandes projetos do pré-sal e ao bônus de assinatura de campos de exploração
A Petrobras apresentou, nesta quinta-feira (03/08), um lucro líquido de R$28,8 bilhões no 2º trimestre de 2023 (2T23), que representa o décimo maior lucro trimestral da sua história. A companhia investiu US$ 3,2 bilhões no período, um aumento de 31% em relação ao trimestre anterior (1T23) e 5,5% acima do mesmo período do ano passado (2T22), devido, principalmente, aos grandes projetos do pré-sal na Bacia de Santos e também ao pagamento do bônus de assinatura relativo aos campos de Sudoeste de Sagitário, Água Marinha e Norte de Brava.
Mesmo após o aumento dos arrendamentos com a entrada em operação dos FPSOs afretados Anna Nery e Almirante Barroso, a dívida bruta segue sob controle, em US$ 58 bilhões. A relação Endividamento Líquido / EBITDA ajustado foi de 0,74x, o que representa um nível de alavancagem extremamente saudável para a companhia.
“A Petrobras apresentou uma performance financeira e operacional consistente no 2º trimestre, mantendo sua rentabilidade de maneira sustentável e com total atenção às pessoas. Vamos seguir trabalhando, focados no presente, mas também de olho no futuro, preparados para a transição energética justa e investindo no futuro da companhia e do Brasil”, destaca Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.
O lucro líquido de R$ 28,8 bilhões, quando comparado aos R$ 38,2 bilhões do no 1º trimestre de 2023 (1T23) representa uma queda de 24,6%. Esse resultado é explicado principalmente pela desvalorização do preço do petróleo (Brent), pela queda de mais de 40% na diferença entre o preço do petróleo e os preços internacionais do diesel (crackspreads), e maiores despesas operacionais. Estes efeitos foram parcialmente compensados por maiores ganhos de capital com venda de ativos e menores despesas financeiras, fruto dos ganhos com variação cambial devido à apreciação do real frente ao dólar, entre outros fatores.
As operações da Petrobras seguem contribuindo com forte arrecadação de tributos no país. Só no segundo trimestre do ano, foram pagos R$ 56,1 bilhões em tributos para União e entes estaduais e municipais.
Forte desempenho operacional com mais eficiência
A Petrobras também alcançou expressivos resultados operacionais no 2º trimestre de 2023. A companhia produziu o maior volume trimestral da história do pré-sal, chegando a 2,06 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed). Isso representou 78% da produção total da Petrobras e superou o recorde anterior de 2,05 milhões de boed, registrado no primeiro trimestre. Também foi iniciada a produção de duas grandes plataformas: FPSOs Almirante Barroso, no campo de Búzios, na Bacia de Santos, e Anna Nery, no campo de Marlim, na Bacia de Campos.
Conforme mencionado anteriormente, a Petrobras assinou contratos de Partilha de Produção (CPP) do 1º Ciclo da Rodada de Licitações da Oferta Permanente, adquirindo o bloco Norte de Brava integralmente e os blocos de Água Marinha e Sudoeste de Sagitário em parcerias com outras empresas. Essas aquisições potencializam a recomposição de reservas da Petrobras para o futuro e reafirmam o foco da companhia na exploração e produção de ativos rentáveis.
As refinarias da Petrobras estão sendo otimizadas para atender a demanda nacional cada vez mais com produção própria. O fator de utilização (FUT) das unidades de refino da Petrobras atingiu 93% no 2T23, sendo que em junho alcançou 95%, maiores resultados desde 2015. Os expressivos números foram obtidos mesmo com paradas programadas de manutenção na RPBC, Refap, Reduc e Replan, realizadas respeitando os requisitos de segurança, meio ambiente e saúde.
A produção de gasolina teve aumento de 7,4% no segundo trimestre, em comparação com o anterior, acompanhando o desempenho de mercado e o maior aproveitamento da capacidade operacional das refinarias. Em junho, a produção de gasolina foi de 421 mil barris ao dia (bpd), melhor resultado desde 2014. A produção de diesel também cresceu. Houve um incremento 9,7% em relação ao primeiro trimestre. O diesel S10, menos poluente e com menor impacto ambiental, teve recorde mensal de 442 mil bpd em junho. Os resultados são fruto de constantes melhorias operacionais, otimização de processos e controle da produção.
Esses excelentes resultados do refino foram obtidos com mais eficiência e menos emissões de gases do Efeito Estufa. Em junho, por exemplo, foi registrada a melhor marca para o IGEE (Intensidade de Emissão de Gases do Efeito Estufa) desde 2019, alcançando o valor de 36,7 kg CO2 por carga equivalente de refino. Neste período houve uma redução da emissão de gases do efeito estufa equivalente a mais de 93 mil ônibus urbanos circulando cinco dias por semana, por 200 km por dia.
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