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Brasil seria principal opositor da expansão do Brics

Sputnik – O Brasil é o principal adversário da expansão da aliança do Brics, relata a Reuters, citando três representantes não identificados do governo brasileiro. Segundo a agência, o Brasil está preocupado que a aliança perca credibilidade se outros países forem admitidos. “Uma expansão poderia transformar o bloco em outra coisa. A posição do Brasil tem […]

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Brasília (DF), 28/07/2023, O presidente Lula, recebe o presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña, no palácio da Alvorada. Foto:Valter Campanato/Agência Brasil

Sputnik – O Brasil é o principal adversário da expansão da aliança do Brics, relata a Reuters, citando três representantes não identificados do governo brasileiro.

Segundo a agência, o Brasil está preocupado que a aliança perca credibilidade se outros países forem admitidos.

“Uma expansão poderia transformar o bloco em outra coisa. A posição do Brasil tem se preocupado com a coesão do grupo e a preservação do nosso espaço em um grupo de países importantes”, disse uma autoridade brasileira, que pediu para não ser identificada.

Assim, de acordo com fontes, o governo do Brasil argumentará que qualquer expansão deve ser gradual para manter o equilíbrio regional e a primazia dos cinco membros permanentes.

Além disso, uma autoridade acrescentou que novos membros podem ser aceitos como países parceiros participando de cúpulas sem se tornarem participantes plenos, como em outras organizações internacionais.

“O Brasil vai ter que ceder em algum momento porque somos realistas e não é da nossa natureza bloquear as coisas. Mas não será bom para nós”, disse o funcionário.

Como o professor associado do Departamento de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas, Oliver Stuenkel, disse, no passado o Brasil se sentiu confortável, permitindo que a Índia ocupasse uma posição de liderança na oposição à expansão. No entanto, segundo ele, a Índia parece ter suavizado sua resistência.

De acordo com Stuenkel, a Indonésia é uma forte candidata ao BRICS, dados a sua força regional, o papel crescente na economia mundial e a ausência de controvérsia global. Enquanto incluir o Irã, a Venezuela ou a Arábia Saudita mudaria a dinâmica do grupo e tornaria mais difícil para países como o Brasil manterem influência, acrescentou.

Anteriormente, a Bloomberg relatou, citando autoridades familiarizadas com a situação, que a Índia e o Brasil se opõem ao pedido da China para a rápida expansão do grupo BRICS e querem usar a cúpula na África do Sul para discutir possíveis países observadores adicionais.


Em maio, o Kremlin, ao ser perguntado como a Rússia vê a possibilidade de expansão do BRICS, afirmou que: “Ao longo do ano passado, um número crescente de países tem mostrado grande interesse neste formato, e mais e mais países têm indicado sua intenção de se concentrar em conectividade, um tópico para discussão entre os membros deste formato, que será feito.”

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