Guarujá, no litoral paulista, tem presenciado uma onda de violência desencadeada pela morte de um membro da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota). A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) reportou que o total de vítimas mortais, relacionadas a esse caso, ascendeu para dez, com a confirmação de duas mortes adicionais.
A atualização do número de vítimas ocorreu logo após o governador Tarcísio de Freitas anunciar o registro de oito mortes. Durante o anúncio, ele chocou muitos ao expressar estar “extremamente satisfeito” com a operação, apesar do alto número de fatalidades. Entretanto, a Ouvidoria das Polícias de São Paulo já mencionava o número de dez óbitos.
Entre as fatalidades mais recentes, a prefeitura de Guarujá informou sobre a morte de um homem aproximadamente de 30 anos, que ocorreu após um confronto com a polícia numa região conhecida como Aldeia, perto do Sítio Conceiçãozinha. Posteriormente, a SSP-SP confirmou um óbito adicional, mas não divulgou detalhes sobre a identidade da vítima ou localização do incidente.
O epicentro dessa onda violenta aponta para Erickson David da Silva, de 28 anos, suspeito pela morte do soldado da Rota, Patrick Bastos Reis. Erickson passou por uma audiência de custódia e sua prisão temporária foi estabelecida para um período de 30 dias.
O advogado de Erickson, Wilton Felix, mantém que seu cliente é inocente. Segundo Felix, Erickson estava na comunidade da Vila Zilda para comprar drogas, quando ouviu disparos e fugiu da cena do crime. Preocupado com a associação de sua imagem ao delito, Erickson optou por se entregar voluntariamente às autoridades.
Esse incidente teve início com o soldado Patrick Bastos Reis sendo baleado durante um patrulhamento na comunidade da Vila Zilda, fato que culminou na Operação Escudo, uma iniciativa da Polícia Militar para capturar os responsáveis pelo ataque.
Em resposta à crescente violência, o governador Tarcísio de Freitas e o secretário de segurança Guilherme Derrite anunciaram a intensificação do efetivo policial e a instalação de uma nova unidade policial em Guarujá. As ações foram justificadas pelo governador, pois, segundo ele, “o tráfico ocupou a Baixada Santista”. Ele garantiu que a Operação Escudo se prolongará na Baixada Santista por, no mínimo, 30 dias, e prometeu realizar mais ações na região.
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