A Bolívia promoveu uma megaoperação policial neste domingo (30) em busca da prisão do uruguaio Sebastián Enrique Marset Cabrera, suposto chefe do narcotráfico. As informações foram anunciadas pelo ministro do Interior boliviano, Eduardo del Castillo.
Marset é acusado de ser o chefe do narcotráfico procurado no Uruguai, Brasil e no Paraguai, além da Interpol e da DEA americana. Segundo Castillo, ele, “que tem múltiplas nacionalidades”, está em um departamento de Santa Cruz, junto à sua mulher, peruana, e três filhos.
O ministro indica que a busca pelo criminoso em Santa Cruz, território de fronteira com Brasil e Paraguai, já está em atividade desde ontem, quando “foram realizadas uma série de operações no departamento” do local. “Mobilizamos mais de 2.250 policiais, realizamos mais de 23 operações e prendemos 12 pessoas”, disse Castillo.
Conforme indicam as primeiras investigações, Marset entrou na Bolívia em setembro do ano passado e se disfarçou como dono de um clube de futebol da segunda divisão regional. O criminoso está foragido desde 2021, quando deixou um passaporte uruguaio nos Emirados Árabes, por estar detido por portar documentação paraguaia falsa.
Além dos dez anos de antecedentes ligados ao narcotráfico, Marset também é considerado um dos autores intelectuais do assassinato do promotor antimáfia do Paraguai, Marcelo Pecci. A morte de Pecci aconteceu em maio de 2022, na Colômbia e a imprensa, bem como o presidente do país, Gustavo Petro, apontaram para o uruguaio Marset e o paraguaio Miguel Insfrán a autoria do crime.
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