De acordo com a mais recente edição do Índice de Confiança Social (ICS), uma série anual de pesquisas presenciais realizadas pelo Ibope desde 2009 e mantida com a mesma metodologia pelo Ipec, os eleitores brasileiros demonstraram uma confiança sem precedentes nos partidos políticos, atingindo o nível mais alto em 15 anos.
Neste ano, a percepção em relação ao Congresso Nacional e ao presidente da República também apresentou melhorias significativas, pouco mais de seis meses após os ataques golpistas de 8 de janeiro, que atingiram as sedes dos Três Poderes. A pesquisa também revelou que católicos e evangélicos ainda refletem a polarização de 2022, e a confiança dos brasileiros no presidente da República está no seu maior nível desde 2012.
O Ipec atribui classificações de zero a cem a 20 instituições, representando a ausência completa de confiança e a mais alta confiança, respectivamente. As organizações relacionadas à política ainda ocupam as posições mais baixas no ranking, mas nunca alcançaram os níveis atuais desde 2009.
Os partidos políticos alcançaram 34 pontos nessa escala, ocupando a última posição, mas demonstraram uma melhoria de quatro pontos em relação a 2022. Por outro lado, o Congresso obteve uma pontuação de 40, apresentando um aumento de seis pontos em apenas um ano. Em comparação, entre 2015 e 2018, os partidos eram classificados entre 16 e 18 pontos, enquanto o Congresso variava entre 18 e 22 pontos.
Apesar da intensa polarização política em 2022, que culminou em eventos extremos como o ocorrido em 8 de janeiro e diversos episódios de violência, é importante ressaltar que cidadãos comuns se envolveram ativamente na política, tanto de um lado quanto do outro. Esse engajamento da população pode ter contribuído para a melhoria dos índices de confiança em algumas instituições políticas.
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