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PT quer ampliar alianças por mais prefeitos no Rio

O Partido dos Trabalhadores (PT) está em busca de expandir sua influência nas principais cidades do Rio de Janeiro, onde tem enfrentado derrotas nas últimas eleições municipais. Com esse objetivo, o partido está considerando repetir as alianças realizadas durante a última corrida presidencial e os movimentos políticos nacionais, incluindo a aproximação com siglas fora do […]

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Imagem: Paulo Pinto/Agência PT

O Partido dos Trabalhadores (PT) está em busca de expandir sua influência nas principais cidades do Rio de Janeiro, onde tem enfrentado derrotas nas últimas eleições municipais. Com esse objetivo, o partido está considerando repetir as alianças realizadas durante a última corrida presidencial e os movimentos políticos nacionais, incluindo a aproximação com siglas fora do campo da esquerda. Dessa forma, o PT pretende apoiar candidaturas de aliados em vez de lançar nomes próprios, rompendo com estratégias adotadas em pleitos anteriores.

Na cidade do Rio de Janeiro, o PT já indicou que tem intenção de apoiar a reeleição do prefeito Eduardo Paes (PSD) e buscar a indicação de um nome para a vice na chapa. No entanto, há movimentações para trazer um nome ligado a Paes, como o deputado federal Pedro Paulo (PSD) ou o presidente da Câmara Municipal, Carlo Caiado (PSD), o que poderia levar o PT a lançar um candidato próprio, de acordo com fontes do partido.

Além da capital, o PT está em conversas com diversos partidos, incluindo o Republicanos, liderado no estado por Waguinho, marido da ex-ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União). Membros próximos ao diretório nacional do PT afirmam que o presidente Lula tem “compromissos a cumprir” com o prefeito de Belford Roxo, em função de desentendimentos que levaram à saída de Daniela do ministério.

O casal, que é evangélico, apoiou Lula no segundo turno das eleições contra Jair Bolsonaro (PL). No município, o PT deve abrir mão de lançar uma candidatura própria e apoiar Matheus Carneiro (Republicanos), sobrinho de Waguinho. Ele enfrentará o ex-aliado e atual rival do prefeito, o deputado estadual Márcio Canella (União).

Em Duque de Caxias, Zito caminha para se filiar ao PV e é pré-candidato. Como o PV faz parte de uma federação com o PT e o PCdoB, a candidatura de Zito poderia impedir uma candidatura petista. Zito poderá concorrer contra Marcos Tavares (PDT). Enquanto isso, o ex-prefeito Washington Reis (MDB) tem enfrentado dificuldades para encontrar um sucessor e tenta promover seu sobrinho, Netinho.

Em Niterói, o diretório do PT está inclinado a apoiar a possível candidatura do ex-prefeito Rodrigo Neves (PDT) em vez de apoiar a reeleição do atual prefeito, Axel Grael. No entanto, o PSOL também está considerando lançar a deputada federal Talíria Petrone, outra representante do campo da esquerda, como candidata. Os dois provavelmente enfrentarão o deputado federal bolsonarista Carlos Jordy (PL), que deve contar com o apoio do governador Cláudio Castro (PL) durante a campanha.

Em relação às candidaturas próprias, dirigentes do PT esperam eleger de quatro a dez prefeitos nos 92 municípios do estado. Isso representaria um aumento significativo em relação aos últimos oito anos, nos quais o PT venceu apenas em Maricá, com Fabiano Horta, afilhado político de Washington Quaquá, um dos vice-presidentes nacionais do partido. Em 2012, durante o primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, o PT elegeu dez prefeitos dentre os 30 candidatos próprios.

O presidente estadual do PT, João Maurício de Freitas, afirma que a eleição de 2024 será diferente da de 2020, devido à eleição de Lula no ano passado. Com o aumento no número de deputados eleitos pelo partido – sete estaduais e cinco federais, em comparação com três estaduais e dois federais em 2018 – o PT espera ter uma maior expressão nas disputas municipais.

“Nossa meta é eleger, no mínimo, dez prefeitos no estado e dobrar o número de vereadores (em 2020, foram eleitos 19 vereadores), com foco na Região Metropolitana e contando com o apoio do bloco de partidos que estiveram conosco no segundo turno da eleição do presidente Lula no Rio”, afirmou o dirigente.

Em São Gonçalo, o PT planeja lançar o deputado federal Dimas Gadelha como candidato. Ele pode enfrentar pelo menos outros dois nomes do campo da esquerda: Dejorge Patrício, atualmente filiado ao Republicanos, mas com intenção de migrar para o PDT, e o Professor Josemar (PSOL). Pelo PL, dois nomes estão em discussão: o prefeito Capitão Nelson, que buscará a reeleição, e o deputado estadual Coronel Salema.

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