Xi Jinping, presidente da China, defende a construção de uma “barreira de segurança sólida” para a internet, supervisionada pelo Partido Comunista, como forma de proteger dados e informações online. Durante uma reunião de cibersegurança em Pequim, Xi instruiu autoridades a persistirem no gerenciamento e operação da internet de acordo com a lei.
A agência estatal de notícias Xinhua citou as palavras de Xi, afirmando: “Devemos aderir à gestão do Partido sobre a internet e ao princípio de fazer a internet trabalhar para o povo”.
Nos últimos anos, a segurança tem sido uma prioridade para Xi Jinping, abrangendo desde questões políticas e econômicas até o ambiente e o ciberespaço. Em 2015, a China aprovou uma lei de segurança nacional que incluía o ciberespaço. Em 2021, foram implementadas regulamentações para a “infraestrutura de informação crítica” e a legislação contra espionagem foi atualizada.
No entanto, a complexidade das regras e leis chinesas sobre dados e informações online traz riscos para as empresas. No passado, a polícia visitou escritórios de empresas estrangeiras, como a consultoria Bain & Co., confiscando dispositivos eletrônicos. Reguladores também ordenaram a suspensão do fornecimento de certos dados a usuários no exterior.
Além disso, no ano passado, uma investigação de cibersegurança foi lançada contra a empresa de transporte por aplicativo Didi Global, logo após sua estreia na bolsa de valores dos Estados Unidos. Esses eventos destacam a preocupação da China em manter um controle estrito sobre o ambiente digital do país.
Paulo Werneck
16/07/2023 - 15h04
É difícil comentar o caso chinês sem conhecer a lei chinesa.
Entretanto é óbvio que o ocidente falha nisso.