Dez anos após o assassinato do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, seis condenados pela morte seguem trabalhando na Polícia Militar do Rio (PMERJ). A informação foi confirmada pela própria corporação ao “RJ1”, da TV Globo.
Amarildo desapareceu em 2013 após ser levado por policiais militares para ser interrogado na Unidade Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, comunidade em que morava. O corpo do ajudante de pedreiro não foi encontrado. De acordo com a justiça, ele foi torturado até a morte.
Em 2016 a justiça condenou 12 agentes pelo desaparecimento e morte de Amarildo. Os militares repondem por fraude processual, ocultação de cadáver e tortura seguida de morte. Apesar das condenações, segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap),nenhum dos acusados está preso.
Um dos policiais que seguem trabalhando é o major Edson Raimundo dos Santos, condenado a 13 anos e sete meses de prisão. À época, Edson era comandante da UPP da Rocinha. A justiça afirma que o major foi quem determinou a captura do ajudante de pedreiro. Segundo a Polícia Militar, atualmente ele trabalha na Diretoria Geral de Pessoal.
Outros cinco PMs condenados seguem na corporação: O tenente Luiz Felipe de Medeiros, que trabalha no Centro de Abastecimento de Saúde da Polícia Militar; Soldado Jairo da Conceição Ribas – expulso da PM, mas reincorporado após decisão judicial; soldado Fábio Brasil da Rocha da Graça, também expulso e reintegrado por ordem da justiça; Rachel de Souza Peixoto – hoje trabalha na Policlínica da PMERJ – e Thaís Rodrigues Gusmão, que atualmente também trabalha na policlínica da polícia.
O que dizem os envolvidos:
A defesa do major Edson Raimundo dos Santos informou que não está autorizada a comentar sobre o caso. Representante do tenente Luiz Felipe Medeiros e outros dois acusados, o advogado Saulo Salles informou à TV Globo que entrou com um recurso especial no Superior Tribunal de Justiça.
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