O governador de São Paulo enfatizou neste domingo (9) que “não é possível concordar em tudo” com Bolsonaro, prometeu manter sempre lealdade ao ex-presidente.
Tarcísio participou de uma cerimônia neste domingo em comemoração aos 91 anos da Revolução Constitucionalista de 1932, um marco histórico para o estado de São Paulo. O evento ocorreu no Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32, no Parque do Ibirapuera.
Ao ser questionado pela imprensa sobre a polêmica da semana passada, ele tentou amenizar a situação e afirmou que já costumava discordar de Bolsonaro quando atuava como ministro da Infraestrutura, de 2019 a 2022.
“O presidente é um grande amigo. Observe, a gente pode divergir em algum ponto sobre a reforma. É normal. Não é possível concordar em tudo. Já era assim quando era ministro. Tinha situações que eu discordava dele. Procurava assessorar da maneira mais respeitosa. Sempre tive uma lealdade muito grande. Os pontos que eu tinha colocado sobre a reforma, já tinha colocado antes para ele. E está tudo bem. Sempre serei leal e grato ao presidente’, disse Tarcísio.
Na quinta-feira, durante um encontro convocado por Bolsonaro e o líder do PL, Valdemar Costa Neto, para discutir o projeto da Reforma Tributária, Tarcísio se viu isolado ao defender a reforma e enfrentou duras críticas dos aliados e do ex-presidente. Vídeos do embate foram vazados nas redes sociais, alimentando a militância contrária ao governador.
Após a aprovação da reforma na Câmara, Tarcísio recebeu ligações de importantes empresários, como Abilio Diniz, e foi publicamente defendido pelo presidente da Câmara, Arthur Lira. No dia seguinte, devido à repercussão negativa entre os bolsonaristas, Bolsonaro telefonou para o governador e marcou um encontro em Brasília para a tarde, a fim de apaziguar os ânimos.
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