O delegado Andrei Rodrigues, que comanda a Polícia Federal há seis meses, deve propor um projeto para impedir que integrantes da corporação sejam filiados a partidos políticos. Em entrevista ao O Globo, o delegado disse que quem quiser se candidatar “terá que ser exonerado e cumprir uma quarentena de pelo menos dois anos. Quem quiser fazer política partidária está no lugar errado”.
Segundo ele, a instituição foi “usada várias vezes” para proveito próprio de candidatos. O uso do símbolo da PF nas redes sociais também foi regulado, pois o intuito é “evitar o uso indevido da imagem da PF”.
De acordo com Rodrigues, o que aconteceu no dia 8 de janeiro no Palácio do planalto já era previsto. O delegado afirmou que esteve na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal no dia 7 de janeiro para atentar sobre as pessoas que estavam no acampamento.”[…] eram criminosas e não podiam sair de lá, porque iriam depredar o Congresso, Planalto e STF”, disse.
Também afirmou que a conduta da PM colaborou para a instauração dos atos golpistas. “Os criminosos saíram do acampamento escoltados pela PM (Polícia Militar). E aquelas barreiras de plástico, dois PMs com sprayzinho de pimenta…ou seja, aquilo ali para mim mostrou que deliberadamente havia o interesse que o caos fosse instaurado e acontecesse o que aconteceu.” comentou.
Para ele, quem deveria conter os criminosos era a PM e não havia nenhuma razão técnica que impedisse que isso funcionasse, visto que todos sabiam o que iria acontecer em 8 de janeiro. “A PM tem expertise e profissionais de altíssimo nível. Mas, naquele dia, por desleixo ou com propósito que de fato acontecesse o caos, deixou de operar como deveria.”.
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