Após reunião em Brasília, a cúpula do PDT chegou a um acordo em que o deputado André Figueiredo se licenciaria da presidência do partido no Ceará, abrindo espaço para o senador Cid Gomes. Essa decisão cancelaria a reunião marcada para a próxima sexta-feira, 7, que buscava destituir Figueiredo.
Cid Gomes é o vice-presidente do PDT no Ceará e ainda não há definição sobre a duração da licença nem outros termos acordados, como a possível aproximação com o PT ou o apoio à gestão do governador Elmano de Freitas (PT) ou do prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT).
O encontro ocorreu após a reunião da bancada cearense, na qual o governador participou. Até o momento, a convocação do diretório estadual seguia prevista. No final da noite, Cid, Carlos Lupi e Figueiredo se reuniram no Ministério da Previdência, onde Lupi está alocado.
O acordo prevê que Cid assuma interinamente a presidência, enquanto Figueiredo permanece na presidência nacional do partido. Caso oficializado, o acordo colocaria fim a uma disputa entre dois grupos dentro do PDT, um liderado pelo senador, que busca a aproximação com o PT, e o deputado, que busca ocupar um espaço de oposição.
Tanto o senador quanto o deputado divergiram sobre o que foi discutido na reunião do diretório nacional do PDT na última segunda-feira, 3. Figueiredo afirma que foi decidida a transferência dos poderes da executiva estadual para a nacional, enquanto Cid argumenta que não foi mencionado nada a respeito.
Segundo o senador, a reunião foi convocada para discutir o artigo 67 do regimento interno do partido, que trata de casos de “falta de ética ou disciplina” e permite que decisões de âmbito nacional “avocem” as decisões estaduais. Já o deputado afirmou que a reunião deliberou sobre a transferência de funções entre as instâncias, sendo transferida a competência da presidência estadual para a nacional.
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