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Boulos critica revisão do Plano Diretor: ‘Está aprofundando o problema’

Nesta segunda-feira (26), será realizada a votação do texto final que revisará o Plano Diretor Estratégico da cidade de São Paulo. Porém, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) expressa preocupação em relação à revisão proposta pelo relator, vereador Rodrigo Goulart (PSD), afirmando que ela torna os problemas de planejamento urbano ainda mais complexos. Uma das […]

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Imagem: Daniel Ramalho/AFP

Nesta segunda-feira (26), será realizada a votação do texto final que revisará o Plano Diretor Estratégico da cidade de São Paulo. Porém, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) expressa preocupação em relação à revisão proposta pelo relator, vereador Rodrigo Goulart (PSD), afirmando que ela torna os problemas de planejamento urbano ainda mais complexos.

Uma das mudanças pretendidas pelo Plano Diretor é reduzir a distância física entre as populações de diferentes classes sociais na capital paulista. Essa proposta visa transformar edifícios comerciais em habitações populares, buscando promover uma maior convivência entre as pessoas. No entanto, segundo o parlamentar, o texto do plano não aborda efetivamente essa questão e, em vez disso, amplia as desigualdades e mantém a falta de convivência entre os diversos estratos sociais.

“Esse é um debate que está acontecendo, de mistura social e de combate à segregação nas grandes metrópoles do mundo. E a cota de solidariedade previa isso. O problema é que ela já foi deformada na Câmara Municipal em 2014. O projeto original previa isso, e aí se permitiu que em vez de conceder apartamentos para moradia popular no mesmo prédio, se concedesse terrenos na mesma macrorregião, ou então recursos para o Fundurb. E agora, pelo que vi no texto, se flexibiliza mais”, afirma o deputado.

Boulos ainda ressaltou que um dos objetivos do Plano Diretor é promover a maior verticalização das moradias em regiões com boa infraestrutura de transporte público, visando incentivar o uso desse modal e reduzir a dependência de automóveis particulares. No entanto, na opinião do parlamentar, essa proposta não está sendo efetivamente implementada. Além disso, o novo texto proposto pelo relator não busca promover essa mudança necessária.

“O Plano Diretor deveria combater desigualdades, e não ampliar as desigualdades. E aí acho que surge uma questão: a quem interessa você fazer uma distorção tão grave como essa que está sendo feita em São Paulo a mando do prefeito Ricardo Nunes, e conduzida pela sua maioria na Câmara? Interessa única e exclusivamente ao setor imobiliário, à especulação imobiliária, que vai ter maior lucratividade com essas construções. E veja, o setor imobiliário logicamente é um ator importante da cidade e precisa ser ouvido em uma mudança de plano diretor, mas não pode ser o único segmento ouvido à revelia de todo o resto da cidade”, disse.

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