O presidente Lula concedeu uma longa coletiva em Paris, esta manhã, em que resumiu o que fez durante esses dias na Europa.
Lula defendeu maior ajuda ao Haiti, lamentando o abandono da comunidade internacional a esse país. O petista disse que o Brasil foi o único país que, até o momento, fez aportes financeiros reais ao Haiti. Ele disse que o país se encontra ingovernável em virtude do domínio de gangs criminosas.
Um outro assunto abordado pelo presidente foi a necessidade de humanizar o debate político internacional, com foco na luta contra a desigualdade.
“Precisamos indignar o mundo contra a desigualdade (…) o ser humano é fraterno. Hoje a individualidade tomou conta dos seres humanos. Estamos deixando de ser seres humanos com sentimentos para virarmos algoritmos”.
Em outro trecho, Lula defendeu o acordo comercial do Mercosul com a União Européia.
“Nós precisamos fazer o acordo com a União Europeia. E a União Europeia precisa fazer o acordo com o Mercosul, com a América do Sul e com a América Latina, porque a União Europeia não pode ficar, sabe, sendo a fatia de mortadela entre a nova Guerra Fria entre Estados Unidos e China.
Então é importante lembrar que nós precisamos da União Europeia e a União Europeia precisa muito de nós. Portanto, é importante, sabe, que a gente coloque um pouco da arrogância de lado e a gente tente colocar o bom senso para a gente negociar. E isso vale para nós e vale para eles.”
As perguntas dos jornalistas estrangeiros se resumiram a guerra na Ucrânia.
Lula não deu respostas diretas, contudo, aos questionamentos sobre o motim militar desencadeado pelo grupo paramilitar Wagner contra as forças armadas sob o comando de Vladimir Putin. Lula explicou que ainda estava no processo de coleta de informações a respeito dessa suposta insurreição.
Em repetidos momentos durante a coletiva, tanto repórteres brasileiros quanto franceses indagaram Lula sobre os eventos tumultuosos na Rússia. No entanto, ele salientou que estava aguardando mais dados antes de formar e compartilhar seu ponto de vista.
Quando abordado sobre a rebelião dos mercenários na Rússia, Lula expressou: — Seria chutar de forma precipitada. Prefiro não falar — declarou o presidente. — Vou conversar com muita gente sobre essa chamada rebelião.
Lula se absteve de emitir qualquer “juízo de valores” prematuro a respeito do motim militar. Contudo, ele demonstrou lamento pela recusa de russos e ucranianos em negociar uma solução pacífica, optando em vez disso pela convicção de que podem triunfar na batalha.
— Eu sou contra a guerra. Quero paz. Condenamos invasão. Mas isso não implica que eu ou ficar fomentando a guerra. Por enquanto, eles não querem sentar para discutir, por achar que podem ganhar — reforçou o líder do Brasil, aproveitando a oportunidade para lançar um comentário sutil sobre a administração do presidente americano, Joe Biden. — Tem muita gente brigando pela paz. Espero que logo os Estados Unidos queiram encontrar a paz. Vai ser mais fácil.
Abaixo, o link para assistir a coletiva.
EdsonLuíz.
24/06/2023 - 10h16
■Tem uma coisa mais grave::
▪Alguns, como Lula, que já pouco sentimento sincero tinha, foi virando…corrupto e apoiador de ditaduras!