O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou os dados do índice de preços ao consumidor (IPC) de maio, revelando um aumento de 0,1% no mês e de 4% no acumulado do ano. Os núcleos do índice ficaram dentro das expectativas. No dia anterior, a moeda norte-americana encerrou com uma queda de 0,20%, cotada a R$ 4,8665, atingindo a menor cotação desde junho de 2022.
O dólar apresenta nova desvalorização nesta terça-feira (13), impulsionada pela inflação abaixo das expectativas nos Estados Unidos e com os investidores aguardando a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, que será anunciada na quarta-feira (14).
Por volta das 10h05, a moeda norte-americana estava em queda de 0,34%, cotada a R$ 4,8500. Confira mais cotações.
Na última sexta-feira (9), o dólar teve uma queda de 0,20%, cotado a R$ 4,8665, registrando a menor taxa em um ano. Com esse resultado, a moeda acumula as seguintes quedas:
-4,07% no mês; -7,80% no ano.
O mercado iniciou esta semana em um cenário de espera pelos dados de inflação nos Estados Unidos e pela decisão de política monetária do Fed, que será anunciada na quarta-feira (14).
Apesar do sentimento mais otimista dos investidores em relação à possível manutenção da taxa de juros pelo banco central norte-americano, as projeções indicam que o Fed deverá aumentar a taxa básica de juros em mais 0,25 ponto percentual.
No decorrer da manhã, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou o índice de preços ao consumidor (IPC) de maio, o qual ficou abaixo das expectativas do mercado. O aumento no mês foi de 0,1%. Em termos anuais, a inflação nos Estados Unidos acumula um aumento de 4%.
“Esse foi o menor aumento em 12 meses desde março de 2021”, afirmou o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos. As estimativas eram de um aumento de 0,2% no mês e de 4,1% no acumulado do ano. Em abril, o índice registrou uma alta de 0,4% e atingiu 4,9% na variação anual.
O núcleo da inflação subiu 0,4% em maio, mantendo o mesmo resultado de abril. A variação acumulada em 12 meses desse segmento, excluindo alimentação e energia, apresentou um aumento de 5,3%. Esses números estão em conformidade com as expectativas do mercado.
Em outras notícias internacionais, a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) manteve sua previsão de crescimento na demanda global por petróleo em 2023 pelo quarto mês consecutivo nesta terça-feira.
Segundo a Opep, a demanda mundial de petróleo em 2023 aumentará em 2,35 milhões de barris por dia (bpd), representando um crescimento de 2,4%, conforme indicado em seu relatório mensal. A previsão permanece praticamente inalterada em relação aos 2,33 milhões de bpd do mês anterior.
No entanto, o relatório também ressalta a crescente incerteza na economia global e um crescimento mais lento na segunda metade do ano, devido à contínua alta da inflação, taxas de juros já elevadas e aperto nos mercados de trabalho. Além disso, o desfecho do conflito geopolítico na Europa Oriental, especificamente na Ucrânia, permanece incerto.
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados indicando que a produção da indústria brasileira teve um declínio em dez dos 15 locais pesquisados em abril, em comparação com março.
Os estados do Amazonas (-14,2%) e Pernambuco (-5,5%) registraram as maiores quedas, enquanto o Rio Grande do Sul (2,2%) apresentou o maior avanço. São Paulo, o principal polo industrial do país, teve uma queda de 0,2% na produção em abril, e os recuos mais expressivos foram observados em Minas Gerais (-3%) e Rio de Janeiro (-1,8%).
Em relação a abril de 2022, a produção industrial diminuiu em 12 dos 18 locais pesquisados. Nessa comparação, a produção industrial nacional registrou uma queda de 2,7%.
Dessa forma, o cenário global, com a influência da inflação nos Estados Unidos e as perspectivas para a demanda de petróleo, juntamente com os dados da produção industrial no Brasil, contribuem para o contexto atual do mercado financeiro e para a trajetória do dólar em relação ao real.
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