O presidente da CPI dos Atos Golpistas, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), anunciou nesta sexta-feira (9) que membros da comissão terão uma reunião na próxima terça-feira (13) com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF)”, revelou Maia.
O ministro é o relator dos inquéritos que investigam a ação de milícias digitais contra a democracia e os ataques golpistas no 8 de janeiro. De acordo com Arthur Maia, a reunião está agendada para a tarde. Pela manhã do mesmo dia, a CPI terá uma reunião para discutir requerimentos de convocação, quebras de sigilo e convites.
“Essa audiência já está marcada e tem o propósito de conversar com o ministro sobre a investigação que o Supremo Tribunal está conduzindo em relação aos eventos de 8 de janeiro e também sobre o inquérito das ações antidemocráticas, que já tem três anos”, explicou em entrevista à GloboNews.
Segundo o presidente da CPI, a ideia do encontro é estabelecer um diálogo entre ele e Moraes, além de checar a possibilidade de compartilhar mais informações sobre os inquéritos. “Queremos explorar onde podemos nos complementar e avançar”, declarou.
“Há uma quantidade considerável de material nesses inquéritos. Alguns deles são sigilosos. Não sei se o ministro estará disposto a compartilhar essas informações conosco. Obviamente, a CPI também tem o poder de buscar informações diretamente. Mas existe um inquérito em andamento e pretendo dialogar com o ministro Alexandre de Moraes”, afirmou.
Mensagens de Cid A perícia da Polícia Federal encontrou no celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), trocas de mensagens e cópias de documentos que indicavam um movimento golpista para manter Bolsonaro no poder.
Membros da CPI aliados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ouvidos pelo blog da jornalista Ana Flor no G1, acreditam que essas informações podem direcionar a CPI para um novo rumo. Esses congressistas já estão preparando requerimentos que serão votados na próxima semana, incluindo um para convocar Cid.
Questionado sobre a revelação das mensagens durante a entrevista, Arthur Maia afirmou que o conteúdo deve ser “objeto de investigação”. Segundo ele, há “muito material” para ser investigado pela CPI.
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