George Santos, deputado republicano filho de brasileiros que foi indiciado nos Estados Unidos, tenta recorrer de uma decisão da justiça que busca revelar as identidades dos responsáveis por pagar sua fiança de US$ 500.000. Ele alega que a divulgação dos nomes pode ameaçar a segurança desses indivíduos.
Em uma carta à juíza distrital dos EUA Joanna Seybert, o advogado de Santos, Joseph Murray, disse que o deputado de Nova York e sua equipe foram submetidos a um “frenesi da mídia e ataques de ódio” desde que a notícia da acusação se tornou pública em 9 de maio.
“É razoável concluir que, se os fiadores do réu forem identificados, os ataques e perseguições começarão contra eles também”, escreveu Murray.
A carta sugere que os fiadores são membros da família de Santos, não lobistas ou doadores políticos, e que seus interesses de privacidade justificam o anonimato, dada “a temperatura política neste país e os atos de violência política que ocorrem”.
As identidades dos responsáveis por pagarem a multa de meio milhão de dólares foram requisitadas por pelo menos 11 veículos de mídia, alegando que os nomes são de interesse público.
Danielle Rhoades Ha, porta-voz do New York Times, que também buscou os nomes, disse: “O público tem o direito de saber o que está acontecendo neste importante caso envolvendo uma autoridade eleita”.
George Santos, segundo a Reuters, disse que preferia a cadeia à divulgar os nomes. O deputado se declarou inocente das 13 acusações feitas contra ele, que contam com fraude, lavagem de dinheiro e desvio de dinheiro público.
O deputado foi alvo de muitas críticas de parlamentares estadunidenses, que pediam, inclusive, a renúncia do deputado após as mentiras de Santos se tornarem públicas. Apesar de se dizer inocente das acusações de fraude, ele admitiu ter mentido sobre seu currículo e sobre seu passado.
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