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No ano de 2022, foram registradas no Rio de Janeiro, em média, uma denúncia de homofobia a cada 28 horas

Esses dados foram levantados pelo programa estadual Rio sem LGBTIFobia, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. Até 15 de maio de 2023, já foram recebidos 93 registros desse tipo de crime em todo o estado do Rio. Os dados foram coletados por 19 centros de cidadania LGBTQI espalhados pelo território fluminense. A Secretaria […]

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Esses dados foram levantados pelo programa estadual Rio sem LGBTIFobia, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. Até 15 de maio de 2023, já foram recebidos 93 registros desse tipo de crime em todo o estado do Rio.

Os dados foram coletados por 19 centros de cidadania LGBTQI espalhados pelo território fluminense. A Secretaria informa que o Disque Cidadania e Direitos Humanos, pelo telefone 0800 0234567, aceita denúncias 24 horas por dia, durante os sete dias da semana. As vítimas recebem orientações sobre seus direitos, informações sobre delegacias e instruções sobre a coleta de provas, como testemunhas. Tanto a prefeitura quanto o governo estadual encaminham os casos para órgãos como a Delegacia Especializada de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), Ministério Público e Defensoria Pública.

Um dos casos que chamou a atenção foi o ocorrido no restaurante do Museu do Amanhã, no Centro do Rio, envolvendo os funcionários Isabela Duarte, Henrique Lixa e Luan Fernandes, que foram atacados pela psicóloga Juliana de Almeida Cezar Machado. As ofensas homofóbicas proferidas por Juliana foram registradas em vídeo e viralizaram nas redes sociais. O caso foi inicialmente registrado como lesão corporal, mas também está sendo investigado como injúria homofóbica e ameaça.

O restaurante repudiou o episódio, reafirmando seu compromisso com a inclusão e a diversidade. O Museu do Amanhã também se manifestou contra qualquer tipo de ação discriminatória, afirmando ser um espaço que valoriza o diálogo, a diversidade e a troca de saberes. A Secretaria Municipal de Cultura, responsável pelo Museu do Amanhã, lamentou o ocorrido e demonstrou apoio às vítimas.

É importante ressaltar que a psicóloga Juliana de Almeida Cezar Machado já havia respondido por injúria qualificada anteriormente, mas o processo foi suspenso e, posteriormente, extinto devido ao cumprimento de certas exigências estabelecidas pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

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Ruann Lima

Paraibano e Estudante de Jornalismo na UFF

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