De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o índice de Consumo nos Lares Brasileiros registrou um aumento de 2,14% no primeiro quadrimestre. Em relação ao mês de abril em comparação com março, houve um acréscimo de 1,47%. Já na comparação entre abril de 2023 e abril do ano passado, observou-se um crescimento de 2,09%.
Os diferentes formatos de loja, incluindo atacarejo, supermercado convencional, loja de vizinhança, hipermercado, minimercado e e-commerce, estão contemplados no resultado. Todos os indicadores são ajustados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Segundo a Associação, alguns dos alimentos principais do consumo brasileiro tiveram redução nos preços. Entre eles, a cebola, com queda de 7,1%, margarina, com 0,93%, além do óleo de soja (-4,44%). O óleo no Rio de Janeiro, por exemplo, caiu de uma média de 8 reais para a casa dos R$ 4,00.
Entre as proteínas, tiveram queda na carne bovina – cortes traseiros apresentaram uma redução de 1,16%, enquanto dianteiros, 0,86%. O preço de outras proteínas como o frango congelado e o pernil também reduziu, com queda de 0,36% e 0,51%, respectivamente.
Para o presidente da Abras, Marcio Milan, neste semestre, o reajuste do salário mínimo, a mudança no valor de isenção do imposto de renda, antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS e o aumento do salário dos servidores devem fortalecer a economia.
“A combinação da desaceleração nos preços dos alimentos, a sequência de queda nos preços das carnes e os recursos injetados na economia trouxeram mais consistência ao consumo nos lares no quadrimestre. Em junho, a continuidade dos resgates dos recursos do PIS/Pasep, do pagamento de precatórios do INSS, a manutenção dos programas de transferência de renda do governo federal – Bolsa Família e Primeira Infância e a implantação do Benefício Variável para crianças, adolescentes e gestantes e pagamento do Auxílio Gás tendem a contribuir para a composição da cesta de alimentos”, disse Marcio em entrevista à Agência Brasil.
Apesar do aumento do consumo nos lares brasileiros e da queda de alguns produtos, materiais de limpeza e alimentos como o leite longa vida tiveram alta: 1,63% no caso do desinfetante e 4,96% no leite.
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