(Reuters) – O papa Francisco pediu nesta quarta-feira liberdade de fé para os católicos na China, uma minoria religiosa que tem enfrentado intimidação e perseguição no país comunista, causando atrito entre o Vaticano e Pequim.
Francisco invocou orações durante sua audiência semanal para que o Evangelho “seja pregado em sua plenitude, beleza e liberdade… para o bem da Igreja Católica e de toda a sociedade chinesa”.
Lembrando que o dia 24 de maio marca o Dia Mundial de Oração pela Igreja na China, o pontífice disse estar próximo “dos nossos irmãos e irmãs na China” e ofereceu “um pensamento especial a todos os que sofrem, pastores e fiéis”.
A constituição da China proclama a liberdade de crença, mas o Partido Comunista, oficialmente ateu, mantém um controle rígido sobre as atividades religiosas.
As relações entre o Vaticano e a China comunista têm sido difíceis há décadas, mas em 2018 os dois lados chegaram a um acordo histórico e contestado sobre a nomeação de bispos católicos romanos na China.
O acordo foi uma tentativa de aliviar uma divisão de longa data na China continental entre um rebanho clandestino leal ao papa e uma igreja oficial apoiada pelo Estado. Pela primeira vez desde a década de 1950, ambos os lados reconheceram o papa como líder supremo da Igreja Católica.
Os críticos dizem que o acordo, que é provisório e secreto, representa o apaziguamento do Vaticano ao governo autoritário da China e não melhorou substancialmente as condições dos católicos naquele país.
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