O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal e que tem liderado as investigações sobre a invasão golpista, deu prazo de 30 dias para a Polícia Federal concluir perícia das imagens do circuito interno do Palácio do Planalto que flagraram a interação entre militares do Gabinete de Segurança Institucional com os invasores. Moraes determinou ainda o envio à PF dos dados preliminares da sindicância aberta pelo GSI para apurar a conduta dos militares.
O GSI é o órgão responsável pela segurança do presidente e do patrimônio da Presidência da República. Em Abril, o ministro Alexandre de Moraes quebrou o sigilo das imagens do circuito interno e o então comandante, general Gonçalves Dias, pediu afastamento do cargo após ser flagrado no Palácio do Planalto durante os atos do dia 8 de janeiro.
Recentemente, Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), disse que com a reconstituição das imagens dos atos terroristas no dia 8 de janeiro, é possível identificar a colaboração de militares do GSI. Além disso, as imagens mostraram a conveniência dos militares do GSI com a invasão devido ao estado de inanição da tropa enquanto o patrimônio público era depredado.
Além da investigação da comandada por Alexandre de Moraes, a conclusão da perícia das imagens da invasão do Planalto podem ser peça chave no outro lado da esplanada: a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas. No final de Abril, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco abriu o requerimento para a instalação da comissão.
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