Nesta sexta-feira, 28, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve presente no encerramento do Acampamento Terra Livre 2023 e assinou decretos que homologam seis novas terras indígenas. Durante seu discurso, o chefe de estado garantiu que seu governo fará mais demarcações.
“Vamos fazer tudo que falamos que íamos fazer durante a campanha. Vamos legalizar as terras indígenas. É um processo um pouco demorado”, lembrou Lula.
“A nossa querida ministra sabe do processo, tem que passar por muitas mãos e a gente vai ter que trabalhar muito para que a gente possa fazer a demarcação do maior número possível de terras indígenas, não só porque é um direito de vocês. Se a gente quer chegar em 2030 com desmatamento zero na Amazônia, a gente vai precisar de vocês como guardiões da floresta”, prosseguiu.
Na sequência, o presidente falou sobre a reformulação do plano de carreira dos servidores da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
“A outra coisa que é preciso ter clareza é que nós precisamos cuidar do plano de carreira da Funai, que possivelmente seja um dos piores planos de carreira existentes neste país. A gente vai ter que cuidar porque tem muita coisa para consertar. Nós pegamos esse país desmontado. Só para ter ideia, nós pegamos setores do governo que têm apenas um terço das pessoas que trabalharam, e vamos precisar remontar o governo, contratar gente”.
Confira a lista das primeiras terras indígenas que foram homologadas pelo Governo Lula:
- TI Arara do Rio Amônia (AC), com população de 434 pessoas e portaria declaratória do ano de 2009.
- TI Kariri-Xocó (AL), com população de 2.300 pessoas e portaria declaratória do ano de 2006.
- TI Rio dos Índios (RS), com população de 143 pessoas e portaria declaratória de 2004.
- TI Tremembé da Barra do Mundaú (CE), com população de 580 pessoas e portaria declaratória do ano de 2015.
- TI Uneiuxi (AM), com população de 249 pessoas e portaria declaratória do ano de 2006.
- TI Avá-Canoeiro (GO), com população de nove pessoas e portaria declaratória do ano de 1996.
Ainda nessa agenda, o líder progressista recriou o Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI) e oficializou a criação do Comitê Gestor da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI).
EdsonLuíz.
28/04/2023 - 13h00
Sim, todas as demarcações de terras para povos originários daqui têm que ser feitas!
Tem mesmo que reconhecer o direito que os indígenas têm a estas terras e fazer todas as homologações e todas as remarcações.
Essa terra toda, inteira, o Brasil todo, era de inúmeras nações indígenas distribuídas por aproximadamente 1000 povos, que falavam estimadas 600 a 1500 línguas; hoje são faladas estimadas 180 línguas, ~30 de imigrantes e ~150 de povos originários (há dificuldade para catalogar).
O Brasil precisa formar mais linguistas e mais indigenistas, inclusive e principalmente profissionais de etnias originárias. Isso deveria ser um objetivo do Ministério dos Povos Indígenas e um primeiro planejamento nesse sentido para que depois possa ser multiplicado deveria ser buscado junto à USP e à FESPSP.
>Caso alguém do Ministerio dos Povos Indígenas passe pelo balcão deste ‘ocafezinho.com’ e se interesse pela sugestão de formação de indigenistas e linguístas em um único curso e com reserva étnica para garantir a inserção da diversidade de nações (está vendo como algumas cotas se justificam, e não por privilégio, mas por necessidade política ou técnica) eu sugiro os nomes das professoras Sônia Nussemzweig Hotinsky, antropóloga, e de Eliana Asche, doutora em linguística, as duas da FESPSP.
Formar profissionais em linguística e formar indigenistas vai mitigar o estrago que a nossa presença estrangeira deixou e continua deixando contra os povos originais desta terra.
Neste aspecto da existência de tantos idiomas coexistindo em um mesmo território, cabe uma reflexão sobre como nós humanos temos uma natureza tribal e como nos separamos:: a distãncia da largura de um rio é suficiente para que um humano não entenda nem a língua que o outro fala, apenas pela nossa dificuldade de aceitar o outro e valorizar o nosso lado racional, o que evitaria maiores diferenças. Mas para valorizarmos o que nos une a todos teríamos que renunciar a crenças e desejos e interesses e não estamos dispostos a fazer essa renúncia. Os indigenas aqui no Brasil se dividiam ao ponto de estarem organizados em milhares de tribos. Entre nós não indígenas, duas tribos hegemonistas são suficientes para nos separar totalmente.
Nossa presença aqui agora é um fato consumado, mas eu penso o tanto de ressentimento que tem um descendente dos proprietários originais destas terras quando, em completa agressão ao seu modo de vida e ao caminho de desenvolvimente e estagio em que se encontra a sua cultura, bastante prejudicada pela nossa presença aqui, se defronta com um arranha-céu plantado no lugar onde provavelmente eles plantariam uma árvore, ou simplesmente deixariam o que a natureza destinasse para o lugar e a ele se integrariam.
Edson Luiz Pianca.
edsonmaverick@yahoo.com.br
Patriotário
28/04/2023 - 12h37
Um desgraçado que faz um comentário calhorda desse contra os índios, mostra claramente o espírito de PORCO das csdelas de ricos.
Como podemos observar, depois de 2013, toda desgraça dos filhasdasputas de bem saiu do esgoto, perdeu a vergonha na cara em falar merda.
Ou então, mais provável, é pago pra isso.
Um canalha a preço certo.
Bandoleiro
28/04/2023 - 12h16
Terra indigena para 9 pessoas, 243, 580 pessoas…??
Os indios gostam de terra, caminhonete, internet e coca cola…aprenderam a se fazer de coitados e grudar em quem passa uma mao na cabeçinha deles em troca de voto.
Nenhuma novidade…