O ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, agora aposentado, teria pedido emprego na Combat Armor Defense do Brasil, empresa com a qual firmou o primeiro contrato do governo federal em 2020, quando era superintendente da Polícia Rodoviária Federal do Rio de Janeiro.
Segundo Maurício Junot, diretor-excutivo da Combat Armor Defense do Brasil, o contrato tinha o valor de R$ 4,2 milhões. A informação foi dada à Agência Pública pelo próprio dono da empresa, em matéria publicada nesta semana.
De acordo com Junot, Vasques pediu emprego juntamente com o ex-secretário executivo do Ministério da Justiça, Antonio Lorenzo, o número 2 de Anderson Torres durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Eles fizeram uma visita lá (na sede da firma), deixando currículo, mas nenhum dos dois tem nenhum tipo de relacionamento comigo”, disse.
A Combat Armor Defense não atuou apenas no Rio. Quando Vasques assumiu a chefia da PRF, em 2021, a empresa vendeu seus serviços para superintendências das polícias rodoviárias do RN, PR, MS, BA, SC e para o departamento nacional da corporação. Ao todo, a companhia recebeu R$3 3,5 milhões dos R$ 36,5 milhões em contratos com a PRF.
No início de 2023, a empresa contratou os serviços de consultoria de Lorenzo. Em janeiro, ele e Vasques abriram empresas de consultoria, a F5 Consultoria e a Victory Consultoria, respectivamente. Silvinei Vasques é investigado por bloqueios ilegais em rodovias durante as eleições presidenciais de 2022.
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