O Presidente do Banco Central (BC) afirmou, durante evento com investidores em Londres nesta sexta-feira (21), que o texto final do projeto de novo arcabouço fiscal está “na direção certa”. Ainda que o Congresso Nacional faça mudanças no texto, Campos Neto se mostra confiante e reitera: “A gente precisa avançar e explicar melhor para que isso consiga permear através dos mercados, para que a expectativa de inflação melhore e para que abra espaço para a gente fazer o nosso trabalho de queda de juros.”
A melhora da comunicação acerca do projeto foi um dos pontos defendidos pelo Presidente do BC. Tornar a ideia do arcabouço viável na visão dos mercados, balizando as expectativas econômicas, também faz parte das ações defendidas para consolidação do projeto.
Segundo ele, o texto final do arcabouço, se aprovado, “elimina o risco de cauda” de explosão da dívida pública, uma vez que possui critérios realistas de manejo das contas públicas. Campos Neto alega, ainda, que o texto do projeto corrige falhas da regra antiga, que reajustava parte dos gastos obrigatórios em ritmo mais elevado do que a “subida” do teto de gastos pela inflação.
O Presidente do BC reiterou a importância da “curva longa” ao responder perguntas de investidores presentes no evento, que o cobravam para um aumento de “entusiasmo” dos empresários no país. “O que move o Brasil não é a taxa de juros de um dia. É a taxa de juros de três anos, de cinco anos, de 10 anos. E para fazer com que o a queda da Selic gere um movimento de queda prolongada de juros, precisa ter credibilidade”, disse.
A intenção de Campos Neto é que o Banco Central haja com eficiência, por isso espera o melhor momento para que o projeto do novo arcabouço fiscal gere “um ganho real para as pessoas”, finalizou.
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