Gabriel Boric, presidente do Chile, anunciou na quinta-feira (20), um plano para criar parcerias entre o governo do Chile e empresas privadas na extração do lítio. O componente tem alta demanda em todo o mundo para uso em baterias elétricas.
Segundo Boric, o Estado participará de todo o ciclo de produção de lítio em uma “colaboração público-privada”, controlada pelo governo. “Qualquer empresa privada, seja estrangeira ou local, que queira explorar o lítio no Chile deve fazer parceria com o Estado”, disse ele.
Boric quer criar uma Empresa Nacional de Lítio para fazer parceria com empresas privadas, mas admitiu que isso provavelmente não acontecerá de forma rápida, porque exigiria o apoio de maioria absoluta nas duas casas do Congresso, fragmentado entre vários partidos.
O Chile tem a terceira maior reserva de lítio do mundo, com 9,6 milhões de toneladas, atrás da Bolívia, com 21 milhões, e da Argentina, com 19,3 milhões .O país andino foi o segundo maior produtor mundial no ano passado, com 39 mil toneladas estimadas, depois da Austrália, com 61 mil toneladas.
Atualmente, duas empresas extraem lítio no Chile: a norte-americana Albemarle e a Chile Chemical and Mining Society (Soquimich), controlada há três décadas por Julio Ponce, cujo sogro era o falecido ditador Augusto Pinochet.
Paulo
21/04/2023 - 17h11
Tem que controlar mesmo…