Em entrevista à Folha, o ministro inteirino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, disse que sua principal função é renovar e despolitizar o órgão. Capelli foi escolhido nesta última quarta-feira (19) para ocupar o cargo após a renúncia do ex-ministro Gonçalves Dias.
Membros do governo acreditam existir integrantes apoiadores do ex-presidente Bolsonaro e esses teriam facilitado a entrada de manifestantes nos atos terrorista do dia 8 de janeiro. Após as divulgações das imagens do circuito interno exibirem membros do gabinete facilitando a entrada de golpistas, o ex-ministro Gonçalves Dias renunciou o cargo. As imagens mostram a presença de Dias no local.
“A principal pedida do presidente foi acelerar a renovação [substituição de membros do gabinete], isso vai estar em curso na semana que vem”, disse Cappelli. “[Isso significa] despolitizar, quer dizer, ter um corpo mais técnico, mais profissional aqui que possa tocar o trabalho“, disse Cappelli à Folha.
Ao assumir o cargo, Cappelli enviou uma relação ao STF com 10 nomes de agentes do GSI que aparecem nas filmagem de segurança. De acordo com o ministro, alguns nomes foram expulsos do gabinete e outros vão passar por um processo de apuração de conduta.
Desde o início do novo governo, Cappelli já passou pelo cargo de secretário-executivo do Ministério da Justiça e foi interventor na segurança pública do Distrito Federal após os ataques terroristas do dia 8 de janeiro.
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