Menu

Brasil ganharia R$ 111 bilhões/ano se aumentasse taxa de conclusão do Ensino Médio

Evasão escolar e geração de renda estão diretamente ligadas. A conclusão é do estudo Combate à evasão no Ensino Médio: desafios e oportunidades, realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan Sesi), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). De acordo com a pesquisa, se a […]

2 comentários
Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Evasão escolar e geração de renda estão diretamente ligadas. A conclusão é do estudo Combate à evasão no Ensino Médio: desafios e oportunidades, realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan Sesi), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

De acordo com a pesquisa, se a taxa de conclusão do ensino médio entre os jovens mais vulneráveis estivesse em 84%, haveria uma economia de R$ 111 bilhões. Atualmente, apenas 46% dos brasileiros mais pobres concluem o ensino médio.

Segundo a consultora em educação e coordenadora da pesquisa, Andrea Marinho, o jovem que não termina o ensino médio tem mais dificuldade de conseguir emprego. Isso pressiona os serviços do Estado voltados para atender a população mais vulnerável, como segurança, saúde e benefícios sociais.

Além disso, “Quando consegue trabalho, ganha um salário menor. Além disso, tem expectativa de vida menor. Tende a ter problemas de saúde, acaba usando mais o sistema de saúde. É óbvio que o jovem mais vulnerável fica mais suscetível às questões de criminalidade”, acrescenta Andrea. 

Os achados da pesquisa revelam o drama de uma geração que é obrigada a ficar sob a tutela do Estado. A evasão escolar não só acomete os jovens mais pobres, mas também perpetua a desigualdade social, porque, se não tem uma educação, não tem base para o exercício pleno da sua cidadania, nem para constituição de uma carreira”, aponta ela.

Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Comentários

Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site O CAFEZINHO. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.

Escrever comentário

Escreva seu comentário

FRANCISCO PAULO

19/04/2023 - 19h04

Boa noite…
Seus comentários são fundamentados…porém como professor de química de faculdade e ensino médio,posso afirmar que uma nação só irá evoluir se investirmos massivamente em educação.
Para não sermos pária do mundo.
Atenciosamente.
Minha opinião

EdsonLuíz.

19/04/2023 - 16h23

Em educação o Brasil precisa de alguma estratégia de acessar os já evadidos, que são contados aos milhões e que se desinteressaram por uma escola cujo currículo e professores pouco ou nada ensinam.

Dos estudantes evadidos, poucos retornam à escola para o programa regular. O que viveram com a família, com amigos, no dia-a-dia na rua e nas próprias experiências de trabalho é o que constitui seu potencial, seu capital formativo, mais do que aquilo que a escola prometeu e entregou pouco.

O Ministério da Educação, as empresas e grupos ligados à educação bem poderiam traçar uma estratégia para atrair e qualificar os evadidos da escola a partir do aproveitamento do potencial que eles adquiriram por experiência própria, em suas lidas cotidianas, e que pode lhes servir como saída profissional. Será uma formação prática baseada quase exclusivamente em aptidão, talento e aprimoramento.

Eu não conheço nenhum curso alternativo de formação oferecido de modo sistematizado e em larga escala pelo poder público:: curso de tricô e croche oferecido por escola a seus ex-estudantes, não vejo; também não conheço nenhum curso de pão ou bolo; curso para formar hortelãos, nenhum, e em imensas áreas urbanas públicas ou privadas desocupadas de nossas quase 5600 cidades há milhões de metros quadrados que podem ser aproveitados para cultivo das necessárias e relativamente caras verduras e legumes.

Há milhares de ocupações em que os evadidos da escola poderiam se interessar, se qualificar e seguir suas vidas, mas os governos ficam esperando o retorno destes brasileiros para uma escola pouco atrativa e esse retorno nunca vai acontecer. Pelo contrário!

Há métodos construtivos alternativos e baratos que sempre estiveram na cultura de indígenas, europeus e africanos para a construção de casas baratas, feitas com materiais naturais encontrados nos lugares onde se mora. H9je essas moradias são pouco viáveis como autoconstrução, mas seria uma tecnologia recuperada com grande proveito para baratear e construir boas moradias populares. Claro que um pouco de engenharia e arquitetura, sem muita perfumaria e enganação, seria bem útil nessas pesquisas, mas o resultados importante em tudo é que surgiriam casas e profissionais destas experiências.

É necessário esquecer um pouco a sociologia e colocar um bocado de antropólogos e estudantes de antropologia estudando saídas práticas baseadas nas experiências de vida e necessidades destes ex-estudantes e seu potencial mercado.

E sem barulho para dizer que está fazendo. O que estas pessoas precisam é do resultado, não do barulho das narrativas.

Em 10, 12 anos poderia ser consolidada uma prática de formação profissional bem mais adequada, com um novo aspecto formal, aos desejos de uma parte importante de nossa força de trabalho, usando conhecimentos e práticas que existiram sempre e são reproduzidas, mas não com a escala que poderiam e a sistematização que daria a estas atividades a condição de servirem de saída profissional para os ex-estudantes.

Ou ficar esperando que estes ex-estudantes voltem para a escola e se tornem físicos, químicos, escritores, advogados, engenheiros, que parece que tem pouca chance de acontecer.


Leia mais

Recentes

Recentes