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Frente Parlamentar pretende levar reforma agrária para o centro da discussão no DF

Lançamento da Frente acontece na segunda (17), na CLDF; data marca 27 anos do Massacre de Eldorado do Carajás Publicado em 15/04/2023 – 09h58 Por Bianca Feifel – Brasil de Fato – Brasília (DF) Brasil de Fato — No Dia Nacional da Luta pela Reforma Agrária, celebrado em 17 de abril, movimentos sociais e sindicais […]

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Matheus Alves

Lançamento da Frente acontece na segunda (17), na CLDF; data marca 27 anos do Massacre de Eldorado do Carajás

Publicado em 15/04/2023 – 09h58

Por Bianca Feifel – Brasil de Fato – Brasília (DF)

Brasil de Fato — No Dia Nacional da Luta pela Reforma Agrária, celebrado em 17 de abril, movimentos sociais e sindicais do campo do Distrito Federal e Entorno, com apoio da bancada progressista da Câmara Legislativa do DF (CLDF), lançarão, às 19h no plenário da Câmara, a Frente Parlamentar da Reforma Agrária, Agricultura Familiar e Agroecologia do DF. A iniciativa pretende trazer a pauta da reforma agrária para o centro da discussão política do DF.

O lançamento faz parte das atividades do Abril Vermelho, mês em que o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) realiza a Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, com ações por todo o país. A edição deste ano traz como lema “Reforma Agrária contra a fome e a escravidão: por terra, democracia e meio ambiente!”.

Segundo Marco Baratto, da direção distrital do MST, durante o dia 17, toda a base do MST estará nas Superintendências Regionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para reivindicar a retomada da reforma agrária e a reorganização do Instituto.

“O centro da pauta é a luta pela terra, é a retomada da reforma agrária para o centro do debate, então não só aqui mas em todo o Brasil, o MST vai estar em todos os Incras fazendo doação de alimentos e ações de solidariedade para centralizar a reforma agrária”, explica.

A data marca a memória do Massacre de Eldorado do Carajás. Em 17 de abril de 1996, 21 trabalhadores rurais, que participavam de uma manifestação com 1,5 mil famílias sem terra na curva do S em Eldorado do Carajás (PA), foram assassinados pela Polícia Militar do Pará. Outras 69 pessoas foram mutiladas.

Retomada da reforma agrária

Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2022, a reforma agrária alcançou recorde negativo. De acordo com o Incra, apenas 9.228 famílias foram assentadas durante sua gestão. Em comparação, durante seus dois mandatos, entre 1995 e 2002, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) assentou pouco mais de meio milhão de famílias. Nos governos petistas de Lula e Dilma, entre 2003 e 2016, foram 747.777 famílias.

Agora, o MST luta pela retomada e fortalecimento da reforma agrária. Segundo Baratto, para isso, é essencial que haja uma recomposição orçamentária do Incra.

“Disso depende a retomada de fato das atividades do Incra, para fortalecimento não só da obtenção das terras, ou seja, todas as terras represadas que nós temos de acampamentos que não viraram assentamentos ainda, mas também do desenvolvimento da infraestrutura e do programa de agroindustrialização e créditos dos assentamentos”, afirma.

Além disso, a Jornada do Abril Vermelho deste ano denuncia o avanço dos casos de trabalho escravo no campo e reivindica emprego com condições dignas para trabalhadores e trabalhadoras rurais. O agronegócio domina a lista suja do trabalho escravo, divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego no dia 5 de abril.

Segundo o MST, o agronegócio, além de não alimentar o povo, destrói o meio ambiente, com queimadas, monocultivo de commodities e uso de agrotóxicos. Por isso, a reforma agrária e a produção agroecológica são fundamentais para produzir alimentos saudáveis e combater a fome no campo e nas cidades.

“O MST defende a Reforma Agrária Popular como um projeto de agricultura sustentável para produzir alimentos a todo o povo brasileiro do campo e da cidade, e combater a fome, em contraposição ao agronegócio, que usa trabalho escravo, espalhando mais miséria e destruição no campo”, explica o movimento.

Edição: Flávia Quirino

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EdsonLuíz.

15/04/2023 - 21h15

Assentamentos de agricultores sem terra é muito importante!

O governo Fernando Henrique assentou muito mais que o PT, considetando as condições do Brasil à época, que ele teve que reestruturar primeiro para o Estado voltar a funcionar após o desmonte feito pela ditadura.

Lula destruiu a economia reestruturada por FHC, e tudo indica que Lula, se não for contido, vai repetir o mal que fez à economia entre 2007 a 2016.

Dilma fez pouco assentamento de agricultores, mas foi porque em seus governos a economia já havia sido desestruturada novamente por Lula e por ela mesma, e não por falta de vontade de Dilma, de viabilizar terra para camponeses.

É importante observar que Fernando Henrique assentava agricultores, mas se o MST invadisse alguma propriedade, ele NÃO desapropriava a terra invadida.

Jhonatan

15/04/2023 - 15h54

Essa merda imunda do MST é o retrato do Brasil, é a incivildade a animalice pura de um lado e a falta do estado do outro…aliás o estado é quem protege estes porcos.

Além de imundo é Repugnante.

Saulo

15/04/2023 - 15h51

O MST é o lixo do lixo, em qualquer país minimamente normal teria sido criminalizado e por tanto extinto há decadas.

Patriotário

15/04/2023 - 15h38

Quero um capanga como o Nelson Piquet

Tony

15/04/2023 - 15h30

Este bando de animais do MST precisam ser extintos, é uma vergonha que exista uma coisa imunda como essa no ano de 2023.


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